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Banco da Inglaterra prevê desaceleração no Reino Unido e aponta riscos globais

10:06 | 15/12/2016
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) avaliou hoje que a economia do Reino Unido continua aparentemente crescendo em ritmo saudável no segundo semestre do ano, mas seus dirigentes ainda preveem uma desaceleração em 2017, segundo a ata da reunião de política monetária do BC inglês.

Mais cedo, o BoE manteve seu juro básico na mínima histórica de 0,25%, numa decisão unânime dos nove dirigentes de seu comitê de política monetária, assim como o tamanho de seus programas de compras de ativos, em 435 bilhões de libras, e de bônus corporativos, em 10 bilhões de libras.

Na visão do BoE, a tendência de desvalorização da libra desde que o Reino Unido votou por sua saída da União Europeia (o chamado "Brexit"), em junho, está impulsionando a inflação britânica, o que deverá pesar nos gastos das famílias no próximo ano.

De acordo com o BoE, a libra apagou parte de suas perdas nas últimas semanas, mas a expectativa ainda é que a inflação ultrapassará a meta oficial de 2% em 2017.

A manutenção da política monetária do BoE veio um dia depois de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) elevar seus juros básicos pela primeira vez desde o fim do ano passado e sinalizar mais três aumentos das taxas para o ano que vem.

A decisão do Fed ocorreu em meio a expectativas de crescimento mais forte nos EUA, estimulado por planos de incentivos fiscais do presidente eleito Donald Trump, que assume o poder em 20 de janeiro.

Para o BoE, o futuro governo de Trump poderá impulsionar a expansão da economia global, mas os riscos à perspectiva também se intensificaram. Entre as preocupações das autoridades do BC inglês estão as saídas de capital da China, problemas no setor bancário da zona do euro e o aumento dos custos de financiamento em alguns países emergentes.

"A perspectiva global ficou mais frágil", comentou o BoE, citando aumento nas incertezas para sua política, que poderá ser ajustada para qualquer direção, dependendo de mudanças na perspectiva.

O BoE também reiterou que está disposto a aceitar um breve período de inflação acima da meta de 2% para sustentar o crescimento, mas alertou que sua tolerância tem limites. Fonte: Dow Jones Newswires.

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