PUBLICIDADE
Notícias

Ministro da Energia saudita prevê crescimento na demanda por petróleo e gás

07:42 | 01/11/2016
O apetite global por petróleo e gás continuará a crescer, apesar dos intensificados esforços para combater as mudanças climáticas, mesmo que as energias renováveis tenham um papel crescente no mix energético, afirmou o poderoso ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih.

Os compromissos adotados como parte do acordo da COP-21 em Paris no ano passado "levarão o debate a ações" e isso gerará maiores esforços pelo mundo para limitar a mudança climática, disse Falih, que é também presidente da estatal Saudi Aramco. Mesmo consumidores de energia em rápido crescimento, como Índia e China, "terão um papel vital para atingir as metas de mudanças climáticas", disse ele em conferência de energia em Riad.

Sem revoluções tecnológicas, porém, a energia renovável não conseguirá um custo adequado para concorrer com os combustíveis fósseis, disse a autoridade. "Nós vemos um longo futuro pela frente, no qual" os combustíveis fósseis "serão parte do mix de energia, com a contribuição das renováveis crescendo".

Neste ano, o reino saudita divulgou um novo plano para transformar sua economia dependente do petróleo em uma mais diversificada, com medidas que incluem a privatização de alguns ativos e a listagem pública de uma fatia minoritária da Saudi Aramco.

Falih disse durante seu discurso que o plano de diversificação é "uma abordagem holística para a resolução de problemas". Ele apontou que os estágios iniciais do desenvolvimento saudita dependiam muito do petróleo, mas que eles foram também marcados pelo consumo ineficiente. Falih disse que o reino não está reduzindo as contribuições do petróleo e do gás, mas sim aumentando as contribuições de outros setores para minimizar os efeitos voláteis do ciclo de commodities e acelerar o crescimento da economia saudita.

O desenvolvimento de mais setores é necessário para garantir que existam empregos suficientes para os jovens sauditas, disse o ministro. Ele se referiu a um fundo de investimento em tecnologia de US$ 100 bilhões lançado com o japonês SoftBank como "uma indicação dessa determinação e dos passos que pretendemos dar". Fonte: Dow Jones Newswires.

TAGS