Pátria tem mais duas ou três empresas de saúde para abrir capital, afirma Saigh
O porte das empresas, conforme Saigh, é similar ao da Alliar, cujo valor de mercado é de cerca de R$ 2,5 bilhões. "A Alliar era a empresa do nosso portfólio mais preparada para abrir capital. As demais têm tamanho similar e coincidentemente são do setor de saúde, que representa metade do nosso portfólio", afirmou ele, a jornalistas, após cerimônia do início da negociação dos papéis da Alliar, na BM&FBovespa.
Trata-se da quinta empresa que o Pátria leva para a bolsa brasileira. A última foi a Ersa, hoje CPFL Renováveis, em 2013. Além dessas, o fundo também abriu o capital da Dasa, em 2004, da Anhanguera Educacional, em 2007, e da Tivit, em 2010.
De acordo com o sócio do Pátria, o cenário já está propício para abertura de capital no Brasil. Ele atentou, porém, que a régua para o tamanho das ofertas está elevada. "Os investidores buscam oferta mínima de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão. Com o mercado mais promissor, talvez a barra volte a baixar", analisou o executivo.
A Alliar captou R$ 766 milhões no primeiro IPO da bolsa brasileira desde junho de 2015. Segundo Saigh, dois terços desse montante vieram de investidores estrangeiros. O Pátria é acionista da empresa. Em seu portfólio de private equity, que compra participações em empresas, possui 19 companhias, enquanto que no braço de infraestrutura, conta com 11 empresas.
O Pátria, com mais de R$ 30 bilhões de ativos sob gestão, possui escritórios no Brasil, Colômbia e Chile. O fundo conta com a Blackstone como sócio relevante desde 2010.