Transnordestina tem R$ 700 milhões liberados pela Sudene

Transnordestina tem R$ 700 milhões liberados pela Sudene

Na última semana, um comboio carregado de milho percorreu 585 quilômetros entre Bela Vista (PI) e Iguatu (CE), marcando o início da fase de testes operacionais

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) autorizou, nesta segunda-feira, dia 22, a liberação de R$ 700 milhões para as obras da Ferrovia Transnordestina. Os recursos são provenientes do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), instrumento regional de financiamento administrado pela Autarquia.

Na última semana, um comboio com 20 vagões carregados de milho percorreu 585 quilômetros entre Bela Vista (PI) e Iguatu (CE), marcando o início da fase de testes operacionais. A expectativa é que o comissionamento oficial e o transporte regular de cargas tenham início a partir do próximo ano.

Atualmente, a Transnordestina conta com 100% de sua execução contratada. Recentemente, foram assinadas as ordens de serviço dos lotes 9 (Baturité–Aracoiaba, com 46 km) e 10 (Aracoiaba–Caucaia, com 51 km), considerados os trechos de maior complexidade técnica e fundamentais para a conclusão da Fase 1 do projeto.

De acordo com a Sudene, o aporte de R$ 700 milhões reforça o compromisso do governo federal com o cumprimento do cronograma da ferrovia, considerada um dos projetos estruturantes para a competitividade econômica da Região. “A Transnordestina deixou de ser uma promessa de longo prazo para se consolidar como uma realidade operacional. Este aporte de R$ 700 milhões reafirma o papel da Sudene na viabilização de uma obra com alto potencial de transformação da logística nordestina”, afirmou o superintendente da Autarquia, Francisco Alexandre.

A decisão foi aprovada por unanimidade pela Diretoria Colegiada e incluiu ainda o empenho de R$ 115,4 milhões adicionais, valor que complementa a parcela contratual de R$ 1 bilhão. De acordo com o diretor de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais da Sudene, Heitor Freire, a concessionária Transnordestina Logística S.A. (TLSA) apresentou as comprovações física, financeira e contábil da execução das obras, devidamente atestadas pelo agente operador, o Banco do Nordeste.

A Sudene é uma das principais financiadoras da obra, através do FDNE. No total, a Sudene aplicará R$ 7,4 bilhões na ferrovia até 2027. Com o novo aporte, já foram liberados R$ 6,1 bilhões desse montante pela Sudene, incluindo os R$ 800 milhões oriundos do antigo Finor.

Vale lembrar que o transporte de mercadorias nos trechos já construídos da ferrovia foi liberado no dia 11 deste mês, com a emissão da Licença de Operação (LO) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

Conforme a TLSA, o início efetivo da operação comissionada será programado em conjunto com o Governo Federal, e os governos dos Estados do Ceará e do Piauí.

Além de milho, a ferrovia deve transportar quando estiver operando comercialmente outros grãos, algodão, minérios, gesso e contêineres, entre outras cargas de alto desempenho.

A fim de garantir que a produção do Nordeste chegue com maior velocidade aos centros de consumo, a TLSA planeja instalar de seis a oito terminais logísticos ao longo do percurso. Entre as estruturas já previstas estão Eliseu Martins e Bela Vista, no Piauí, Trindade e Salgueiro, em Pernambuco, além de Missão Velha, Maranguape e o próprio Porto do Pecém, no Ceará.

Este último contará com um terminal de uso privado do Grupo CSN, conectando as ferrovias FTL e TLSA a porto, denominado TUP NELOG, orçado em R$ 900 milhões.

Os terminais de Iguatu, Quixeramobim e Quixadá serão de parceiros privados. 

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