Produtores de Café no Ceará realizaram curso para desenvolver o mercado
Por meio do curso, os produtores de café procuraram conhecer novos métodos e mercados da indústria, valorizando o potencial de produção da região
12:38 | Out. 01, 2025
Produtores de café do Maciço de Baturité (118,85 km de Fortaleza), no Ceará, realizaram curso de capacitação para desenvolver o mercado da região. Com aulas práticas, a formação abrange toda a cadeia produtiva, do plantio ao consumo, focando na realidade local.
O treinamento contou com a parceria do Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec), Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adagri), Prefeitura de Mulungu e Associação dos Cafeicultores Ecológicos da Serra de Baturité (Ecoarcafé).
Durante os dias 29 e 30 de setembro, o Governo do Ceará, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE), promoveu o momento, no Centro Cultural de Mulungu.
Rodrigo Vieira, engenheiro agrônomo e pequeno produtor em Mulungu, enxerga o curso como uma oportunidade para resgatar a cafeicultura, que ele considera a “raiz dessa região”.
O engenheiro demonstrou otimismo, ressaltando o grande potencial do Maciço de Baturité devido às condições climáticas favoráveis. “Através desse curso a gente pode realmente desenvolver esse potencial e atingir outros patamares aí no caso,” concluiu o produtor.
Ramon Farias, um dos instrutores, ressaltou o diferencial do café cearense, especialmente o café arábica produzido em regiões de altitude.
Ele também mencionou que um processo de revitalização dessas áreas foi iniciado, trazendo uma agregação de valor, desde a qualidade do produto até a qualidade do café produzido na Serra, estimulando também o turismo de experiência que essas regiões proporcionam.
A presidente da Ecoarcafé, Mônika Farias, enfatizou a importância da sustentabilidade para a cultura local, que já existe há 200 anos na região.
Ela também destacou a relevância do segundo módulo do curso, que abordou da colheita ao beneficiamento, etapas cruciais para a produção do café especial que a região busca revitalizar. “Não adianta a gente plantar bem se não souber colher e não souber beneficiar”, pontuou.
Com a revitalização das lavouras, foco na qualidade do café arábica especial e a integração com o turismo de experiência, a macrorregião busca aumentar sua contribuição econômica e consolidar o Ceará no mapa da produção de cafés de alta qualidade e sustentáveis.