Mensalidade escolar deve ser reajustada em até 10% em 2026

Mensalidade escolar deve ser reajustada em até 10% em 2026, aponta IBEE

No ano anterior, quase 98% dos colégios optaram por aumentar o valor cobrado para os estudantes, com uma média de 8% de alta
Atualizado às Autor Fabiana Melo Tipo Notícia

O Instituto Brasileiro de Estudos em Educação (IBEE) prevê um reajuste das escolas particulares semelhante ao de 2025, quando variou entre 5% e 10% e, em alguns casos, chegou a 11,5%. 

"O cenário aponta para aumentos que devem manter a tendência de alta observada em anos anteriores, com percentuais que superam a inflação oficial e refletem a pressão dos custos operacionais do setor", explica durante o informativo.

No ano anterior, quase 98% dos colégios optaram por aumentar o valor cobrado para os estudantes, com uma média de 8% de alta.

Caso os números se concretizem, o crescimento da mensalidade poderá ser o dobro da inflação registrada em 2025, visto que a previsão do mercado financeiro, segundo o boletim Focus desta segunda-feira, 29, é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano em 4,81%. 

Conforme o órgão, as escolas estão orientadas a listar detalhadamente todos os custos previstos para o próximo ano letivo, calcular o custo por aluno e definir a margem de reajuste com base em dados objetivos e projeções realistas.

"A legislação exige que o valor da anuidade seja divulgado com pelo menos 45 dias de antecedência ao fim do período de matrícula, permitindo que as famílias escolas se organizem financeiramente."

Quais os motivos do reajuste?

Para o IBEE, uma das principais justificativas para o aumento da mensalidade é o reajuste salarial de professores e funcionários.

Contudo, há também investimentos em infraestrutura e tecnologia. Por exemplo, ampliação de espaços, modernização de laboratórios, adoção de novas plataformas digitais e recursos pedagógicos inovadores. Outro ponto é o crescimento da demanda por atendimento especializado. 

Assim, o instituto salienta que o aumento de matrículas de alunos com necessidades educacionais especiais, como TEA e TDAH, "exige contratação de profissionais especializados, adaptações estruturais, treinamentos, contratos de inclusão e ensino regular, visando customizar os custos operacionais."

Por fim, existe o argumento do impacto da inflação e dos custos gerais. Isto inclui gastos com água, energia, materiais didáticos, alimentação e serviços terceirizados.

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