Preço médio do etanol cai R$ 0,06 em uma semana e fica abaixo dos R$ 5,00 no Ceará
Segundo levantamento da ANP, o preço médio do combustível baixou de R$ 5,05 para R$ 4,99, uma redução de 1,1%. Especialista vê tendência positiva para o produto até novembro
O preço médio do etanol vendido no Ceará teve uma queda expressiva na última semana, de 1,1%, descendo a barreira psicológica dos R$ 5,00. Com isso o valor médio do litro caiu de R$ 5,05 para R$ 4,99 nos últimos sete dias.
O valor mais em conta pode ser encontrado em Caucaia, onde é comercializado a R$ 4,49 e o mais caro é encontrado em Itapipoca, onde custa R$ 5,62. Os dados são do levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
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Para o consultor na área de petróleo e energia, Bruno Iughetti, o etanol vive o efeito da safra da cana-de-açúcar. “Isso ajuda a produção tanto do etanol anidro como hidratado e, consequentemente, a oferta está bem além da demanda requerida. Isso em função até dos veículos que estejam agora consumindo o etanol”, explica.
“A tendência até o final da safra, que deve ocorrer em novembro, é a de que haja um excesso de oferta fazendo com que os preços na ponta, ou seja, para o consumidor se fazem notar de uma maneira bastante positiva em termos de facilitação e compra pelo público. A tendência, então, é de preços estabilizados ou abaixo da média até o mês de novembro”, projeta Iughetti.
Apesar disso, no Ceará, o etanol ainda está custando 79% em relação ao preço médio da gasolina comum. Especialistas consideram que abastecer com o biocombustível é mais competitivo em relação ao derivado do petróleo quando essa proporção for igual ou inferior a 70%, embora isso possa variar a depender do veículo em que o produto for utilizado.
Já o valor médio do botijão de 13 kg do gás liquefeito de petróleo (GLP ou gás de cozinha) praticamente recuperou a alta registrada na semana anterior de R$ 2,77, ou 2,5%. A queda nos últimos sete dias foi apenas ligeiramente inferior à elevação anterior, da ordem dos $ 2,74, ou pouco mais de 2,4% de redução, indo de R$ 109,50 para 106,76 em um espaço de sete dias.
Sobre esse movimento quase pendular, com forte alta seguida de forte queda, Bruno Iughetti lembra que “ele obedeceu ao posicionamento do petróleo cru no mercado internacional. Nós tivemos uma queda no preço do petróleo cru. Consequentemente, isso afetou todos os derivados, especialmente o gás liquefeito”.
“Ao mesmo tempo, a oferta desse produto pelos países produtores está se fazendo notar de uma maneira bastante ampla. Isso em decorrência da guerra entre alguns países produtores por excelência do gás”, disse referindo-se aos conflitos na Ucrânia e em Gaza.
Demais combustíveis têm estabilidade
Praticamente todos os demais combustíveis apresentaram estabilidade, sem sofrer elevações ou quedas em seus preços médios, tendo apenas o diesel S10 oscilado 0,1% para baixo, caindo de R$ 5,86 para R$ 5,85, em média por litro.
O diesel comum (B S500), por sua vez, segue sendo comercializado com valor médio de R$ 6,09, o litro. Já a gasolina comum segue sendo vendida em média a R$ 6,31 por litro e a gasolina aditivada R$ 6,46, o litro.
Já o gás natural veicular (GNV) segue com preço médio de R$ 5,15 o metro cúbico (m³).