Haddad não quer colocar o Pix em negociação e fala em racionalidade

Haddad não quer colocar o Pix em negociação e fala em racionalidade

A declaração do ministro da Fazendo vem após os Estados Unidos abrirem uma investigação formal sobre práticas comerciais ilegais do Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira, 21, em entrevista à Rádio CBN, que os questionamentos do governo dos Estados Unidos sobre o Pix são irracionais.

Ele defende a ideia de que o sistema brasileiro de pagamentos instantâneos não tem relação com o comércio internacional e não deveria ser considerado na mesa de negociações entre os dois países.

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Vale lembrar que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, taxou todos os produtos brasileiros em 50% a partir do dia 1º de agosto. Além disso, o Escritório do Representante Comercial americano (USTR, da sigla em inglês) abriu investigação formal sobre o que chamou de práticas comerciais ilegais do Brasil.

A medida recorre à Seção 301 da Lei de Comércio de 1974 para escalar ainda mais a tensão entre os dois países, que traz insegurança aos negócios e à economia de ambos, e tem, dentre outros pontos, o Pix, a pirataria, o etanol e o desmatamento ilegal como objetos de investigação.

“Se deixarmos prosperar a ideia de que o Pix possa ser uma ameaça ao império americano, onde vamos parar?”, ressalta.

Por isso, o ministro da Fazenda enxerga a medida contra o meio de pagamento como “surpreendente”, pois não tem relação com o comércio internacional.

“É um sistema exitoso, totalmente informatizado, que serve de exemplo para o resto do mundo [...] Barateia as operações financeiras, tem um futuro impressionante do ponto de vista de sofisticar as transações financeiras, democratizando o acesso ao crédito.”

Contudo, apesar de reconhecer um possível efeito negativo às bandeiras de cartão de crédito, Haddad explicou que os novos meios de pagamento evoluem em todo o mundo. “É o mesmo de defender o telefone fixo em detrimento do celular.”

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