Em ata, Copom repete que antecipa fim do ciclo de altas, mas segue vigilante e pronto a reagir

Em ata, Copom repete que antecipa fim do ciclo de altas, mas segue vigilante e pronto a reagir

As medianas do Sistema Expectativas de Mercado, que embasam o relatório Focus, já passaram a indicar que a taxa Selic deve permanecer estável até o fim deste ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) repetiu, na ata desta terça-feira, 24, que "antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros", com o objetivo de avaliar se o nível corrente da Selic, mantido por período "bastante prolongado", é suficiente para fazer a inflação convergir à meta.

Na última quarta-feira, 18, o colegiado aumentou a taxa em 0,25 ponto porcentual (p.p.), de 14,75% para 15% ao ano.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

"Em se confirmando o cenário esperado, o comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados", diz a ata publicada, repetindo um trecho do comunicado.

Na segunda-feira, 23, as medianas do Sistema Expectativas de Mercado, que embasam o relatório Focus, já passaram a indicar que a taxa Selic deve permanecer estável, em 15%, até o fim deste ano.

Até a semana anterior, entretanto, as projeções do mercado apontavam para estabilidade do juros em 14,75%. A maioria dos economistas esperava que o Copom não aumentasse a taxa básica na última decisão, embora a precificação do mercado favorecesse uma alta de 0,25 p.p.

O comitê também reforçou que "se manterá vigilante", e que "não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado."

Segundo o colegiado, o cenário econômico, marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, demanda uma política monetária "significativamente contracionista", por período "bastante prolongado".

O comitê repetiu ainda as projeções de inflação que já haviam sido divulgadas no comunicado: de 4,9% para o fim de 2025 e de 3,6% para o fim de 2026, este último sendo o horizonte relevante da política monetária.

A estimativa para o ano que vem está acima do centro da meta, de 3%, e leva em conta altas de 3,4% para os preços livres e de 4,1% para os administrados.

Já, a projeção para 2025, está acima do teto da meta, de 4,5%, e considera altas de 5,2% e 3,8% para livres e administrados, nesta ordem.

Todas os valores apresentados pelo Banco Central (BC) partem do cenário de referência, com trajetória de juros extraída do relatório Focus e bandeira verde de energia elétrica em dezembro de 2025 e 2026.

A taxa de câmbio começa em R$ 5,6 e evolui conforme a paridade do poder de compra (PPC). Os preços do petróleo seguem aproximadamente a curva futura por seis meses e, depois, sobem 2% ao ano.

Inflação: o que é, de onde vem e como se proteger? | Dei Valor

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar