Brasil sobe 30 posições no ranking de produção industrial da ONU

Os investimentos na transição energética, geração de energia limpa e um aumento no consumo interno de bens duráveis são apontados como principais fatores do crescimento

O Brasil subiu 30 posições no ranking de produção industrial. O País saiu de 70º para 40º em uma lista com 116 nações. 

O levantamento usou como base informações divulgadas pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) e foi realizado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). 

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Entre os meses de abril e junho, a produção da indústria da transformação cresceu 2,9% a mais ante igual período de 2023. 

São exemplos dessa área a indústria automobilística, metalúrgica e siderúrgica, petroquímica, farmacêutica, alimentícia e de vestuário.

Segundo o economista Alex Araújo, essa subida de várias posições é bastante positiva do ponto de vista estratégico, consolidando o País como uma grande plataforma industrial.

"Demonstra a força de nossa base produtiva, especialmente em um momento de recuperação econômica. Essa melhoria reflete o papel crescente do Brasil como uma plataforma industrial estratégica para o mercado latino-americano, aproveitando sua posição geográfica e a dimensão do mercado interno."

Araújo explica que os investimentos em energias limpas influenciam nesse crescimento, não só pela geração de empregos diretos na área, como também nos serviços de instalação, manutenção e operação das estruturas.

"Nos últimos anos, os investimentos em transição energética e geração de energia limpa criaram novas cadeias produtivas industriais, tanto na oferta de equipamentos quanto de serviços industriais. Esse movimento ampliou a capacidade de inovação e diversificação da indústria nacional, com a produção de tecnologias como turbinas eólicas, transformadores e outros equipamentos de energia renovável."

"além de gerar demanda por serviços especializados em instalação, manutenção e operação dessas novas infraestruturas. Essa dinâmica fortaleceu a competitividade do Brasil, inserindo o país em mercados globais de alta tecnologia e sustentabilidade", acentua.

O fortalecimento do mercado interno pós-pandemia é outro fator apontado pelo economista. O aumento do consumo de bens duráveis e semiduráveis pode impulsionar o Brasil como um polo de produção industrial.

"Além disso, estamos em uma fase de recuperação pós-pandemia, onde o consumo interno, especialmente de bens de consumo duráveis e semiduráveis, tem impulsionado a demanda e a produção. O fortalecimento desse mercado interno, somado à reindustrialização global em busca de cadeias produtivas mais resilientes, abre uma janela de oportunidades para o Brasil se firmar como um hub produtivo."

O especialista pontua que o Brasil poderia estar em uma situação melhor caso adotasse um modelo nearshoring, que vem sendo muito aplicado no México.

Nearshoring é uma prática que envolve parcerias com países próximos para expansão de mercado ou produção de produtos em países próximos.

"Entretanto, embora essa posição seja animadora, poderíamos estar em uma situação ainda melhor se fôssemos mais proativos na atração de negócios de nearshoring. Países como o México têm aproveitado mais rapidamente essa tendência, beneficiando-se da proximidade com grandes mercados como os EUA."

"O Brasil precisa intensificar suas políticas de atração de empresas que buscam diversificar suas cadeias de produção e distribuição, especialmente com a instabilidade geopolítica global", explica.

O presidente Lula utilizou suas redes sociais para destacar o resultado e as ações do Governo Federal que levaram a ele.

“Em um ano, subimos 30 posições no ranking de produção industrial entre 116 países. Resultado da política de incentivo aos investimentos, da estabilidade política e econômica, e do retorno do Brasil aos mercados internacionais", afirmou.

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), ressaltou a importância das posições obtidas.

“A ONU tem um organismo chamado Unido, é a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial. O Brasil ganhou do ano passado para este ano 30 posições. Nós éramos na ONU o 70º. Baixamos para 40º. Ganhamos 30 posições no crescimento industrial.”

Conheça as profissões que pagam os MELHORES SALÁRIOS e as tendências para 2024

Mais notícias de Economia

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar