O que o resultado do PIB do Brasil sinaliza para o Ceará?
Para o segundo semestre, economista projeta cenário parecido com o do ano passado, com crescimento de 2,5%
O crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano em comparação ao primeiro trimestre deste ano traz sinalizações positivas para o Ceará. É o que analisa o economista Alex Araújo.
A projeção foi apresentada nesta terça-feira, 3, no quadro Guia Econômico, na Rádio O POVO CBN.
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De acordo com Alex, embora os dados sejam nacionais, o tipo de segmento econômico que está crescendo no País está aquecido no Estado, a exemplo dos investimentos das energias renováveis, como o de energia solar, energia eólica, hidrogênio verde, dentre outros.
“Então esse investimento que está acontecendo nesse setor está puxando a economia e está irradiando para outros setores”, explica.
Outro ponto destacado pelo economista é que o cenário econômico cearense é puxado pelo crescimento do emprego formal no interior, classificado como favorável, considerando a concentração econômica na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
“Esse crescimento reduz a desigualdade econômica que a gente tem no nosso próprio Estado”, pontua.
Sobre o PIB do Brasil, o economista explica que além de ter crescido acima do que era esperado pelo mercado, há uma sinalização forte de resiliência da economia, considerando que entre abril e maio ocorreram enchentes do Rio Grande do Sul. “A economia foi resiliente mesmo com todos esses problemas”.
Alex também destaca que os resultados foram puxados pelos investimentos e consumo das famílias.
Para o segundo semestre deste ano, as projeções são semelhantes aos resultados obtidos no mesmo período de 2023.
“É muito factível que a gente tenha um resultado muito parecido com o do ano passado, quando a economia apresentou um crescimento um pouco acima de 2,5%”.
Em relação aos outros países, o Brasil se encontra em uma posição intermediária. Em comparação a China e Índia, por exemplo, o País, em crescimento econômico, se encontra abaixo.
Por outro lado, quando comparado a países europeus e aos Estados Unidos, que registra uma freada econômica, o Brasil fica acima, detalha Alex.