Senado debate potencial de produção de hidrogênio da ordem de 1,8 bi de toneladas

Já foram mapeados no Brasil pelo menos UR$ 30 bilhões em projetos e iniciativas, entre eles, a exportação de hidrogênio na forma de amônia

Duas comissões do Senado Federal debateram nesta terça-feira, 27, o potencial de produção da ordem de 1,8 bilhão de toneladas de hidrogênio, estabelecidos no Plano Decenal de Expansão de Energia 2031, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME).

Em audiência pública conjunta, as Comissões de Serviços de Infraestrutura (CI) e de Meio Ambiente (CMA) daquela Casa Legislativa reuniu ainda quatro ministérios: o próprio MME; o de Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); o de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); além do de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A sessão foi coordenada pelo presidente da CI, senador Confúcio Moura (MDB-RO).

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“Em 2035, o Brasil pode viabilizar os chamados hubs de hidrogênio. Nada disso avançaria se não ampliássemos a oferta de financiamentos competitivos para o hidrogênio”, afirmou o secretário do MME.

Ele lembrou que na COP-28 foi firmada parceria do BNDES e Banco Mundial para estabelecer um fundo em financiamento. Já foram mapeados no Brasil pelo menos UR$ 30 bilhões em projetos e iniciativas, entre eles, a exportação de hidrogênio na forma de amônia e destacou ainda ser fundamental estabelecer o marco legal do hidrogênio.


“Não há um timing mais perfeito, uma vez que já está mais do que comprovado que estamos em plena crise climática, sofrendo os efeitos da mudança do clima, com efeitos extremos que acabam impactando a população e os mais pobres são os mais afetados (...) diminuir as disparidades é fundamental em qualquer política pública”, ressaltou, por sua vez, o coordenador-substituto do Departamento de Apoio ao Conselho Nacional de Mudança do Clima e ao Comitê Interministerial sobre Mudanças Climáticas, do MMA, Carlos Alexandre Principe Pires.

Já o gerente-geral de Combustíveis Sustentáveis da Petrobras, Radaes Fronchetti Picoli, afirmou que a produção de hidrogênio pela empresa, atualmente, está em até 400 mil toneladas anuais. “Temos alocação de dinheiro suficiente para empreendermos o que estamos dispostos a tocar”, afirmou o gerente da Petrobras. Ele salientou que uma unidade de produção do insumo de tamanho padrão custa de US$ 1 bilhão a US$ 2 bilhões.

A gerente de Energia e Clima da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Juliana Falcão, destacou que o hidrogênio vai ser uma das tecnologias necessárias para a descarbonização e lembrou que em 2021 a demanda mundial por hidrogênio se deu em 41 megatolenadas para refino, 32 megatoneladas para amônia, 16 megatoneladas na produção de metanos e 5 megatoneladas na indústria do aço.

Por fim, a diretora-executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Hidrogênio Verde (ABIHV), Fernanda Delgado, defendeu que “quando se fala em reprimarização da pauta brasileira, gosto de firmar que o hidrogênio verde não é primário, é uma indústria sofisticada. Não se trata de exportar subsídios, porque é um produto de alto valor agregado e que temos no Brasil”. (Com Agência Senado)

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