Brasil terá baixa produção de energia para H2V, diz estudo

Apesar do desempenho da China, ainda há incerteza dentro do mercado de combustíveis renováveis no mundo

O Brasil terá uma baixa produção de energia renovável voltada para o hidrogênio verde (H2V) até 2028, segundo levantamento da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês). O Chile, outro grande produtor da América Latina, também teve o mesmo diagnóstico para o período.

O relatório revisou para baixo suas expectativas para o mercado global de hidrogênio verde. Em relação a toda América Latina, o esperado é que o número, até 2028, passe de 6 GigaWatts (GW) para quase zero.

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A capacidade renovável dedicada à produção de hidrogênio verde e outros derivados deverá crescer em 45% entre 2023 e 2028, apenas 7% do total de empreendimentos anunciados para o período.

Além da América Latina, outra região de destaque negativo é a Ásia-Pacífico, devido à incerteza na Austrália sobre o futuro de projetos renováveis paralisados.

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Com a implantação inicial de eletrolisadores, dispositivos que permitem produzir hidrogênio por meio de um processo químico (eletrólise), a China estimou acionar 2 GW de energia renovável em 2023.

Já em 2024, a capacidade será de 4 GW. O levantamento destaca que, embora o ritmo anual acelere para mais de 6 GW até 2028, a produção é limitada pelo risco de incerteza quanto à procura de hidrogênio.

A previsão deste ano é 35% inferior à de 2022 por causa das revisões em baixa para todas as regiões, exceto a China.

A principal razão é a lentidão dos projetos e o impacto da inflação nos custos de produção, segundo o estudo.

Existem mais de 360 GW de projetos de eletrolisadores, em vários estágios de desenvolvimentos, previstos para entrar em operação antes de 2030, de acordo com o banco de dados do IEA.

No entanto, até o fechamento do relatório, apenas 3% (12 GW) deles tinham atingido o encerramento financeiro ou iniciado a construção.

“Alguns dos projetos planeados na previsão de Energias Renováveis 2022 não tiveram atualizações durante o último ano ou foram completamente cancelados. A maior revisão em baixa é para a região da América Latina, devido a um ritmo mais lento do que o esperado”, alerta.

Energia solar fotovoltaica: Brasil em destaque

No segmento de energia solar fotovoltaica, o Brasil representa quase 90% das adições do setor renovável na América Latina.

A espera é de que o setor solar fotovoltaico distribuído no Brasil continue com protagonismo, com incrementos em média de mais de 7 GW por ano até 2028.

Energia renovável: protagonismo da América Latina

Em contraponto ao cenário de produção de hidrogênio, a América Latina adicionará mais de 165 GW de capacidade de energia renovável de 2023 a 2028.

Com o Brasil em destaque, o incremento será de 108 GW. Em relação aos outros países, a participação do Chile será de 25 GW, o México com 10 GW e a Argentina de 4 GW.

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