Pedidos de recuperação judicial mais que triplicam no Ceará em 2023

Entre janeiro e setembro deste ano, a quantidade de requerimentos do tipo no Estado saltou de 7 para 22, na comparação com período equivalente de 2022. Número concedido passou de 9 para 10

O número de pedidos de recuperação judicial requeridos entre janeiro e setembro deste ano no Ceará teve alta de 214,2%, o que representa mais que o triplo do verificado no período analisado, passando de 7 para 22. Os dados são da Serasa Experian.

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O número de pedidos de recuperação judicial deferidos no Ceará teve aumento ainda mais expressivo, de 340%, indo de 5 para 22. Por outro lado, a quantidade de pedidos de recuperação judicial concedidos, efetivamente, teve alta mais modesta de 11,1%, indo de 9 para 10. Não houve requerimentos de recuperação extrajudicial no Estado no período analisado.

Apesar da alta expressiva, a quantidade de pedidos de recuperação judicial no Ceará representa apenas 2,2% do total registrado nacionalmente. Segundo a Serasa Experian, foram 966 requerimentos do tipo entre janeiro e setembro de 2023, ante 833 verificados em todo o ano de 2022.

Caso seja mantida a média mensal de requerimentos de recuperação judicial no País, o ano de 2023 deve registrar 1.288 pedidos do tipo, a maior quantidade desde 2019, quando esse número foi de 1.387.

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os pedidos de recuperação judicial são consequência do aumento de empresas que acumularam um volume expressivo de dívidas em atraso, chegando à iminência da insolvência.

"Para as empresas que desejam evitar essa situação, é importante buscar a reestruturação financeira o mais cedo possível. Isso envolve negociações com os credores para lidar com as dívidas e a implementação de estratégias para aumentar a receita e cumprir com os compromissos financeiros”, explicou Rabi.

Falências

Quando analisados os pedidos de falência de empresas cearenses, o aumento foi seis vezes superior, nos três primeiros trimestres de 2023, na comparação com período equivalente de 2022, saltando de 3 para 18. Já a decretação de falências teve aumento de 50%, na esfera estadual, indo de 12 para 18.

O número de pedidos de falência no Estado representa 2,1% do total nacional, que ficou em 835 nos nove primeiros meses do ano. Essa quantidade já se aproxima do verificado em todo o ano de 2022: 866. Na série histórica iniciada em 1991, o maior número de pedidos de falência registrados no Brasil ocorreu em 1996: 48.169.

Já o maior número de pedidos de recuperação judicial, cuja série histórica foi iniciada em 2005, a quantidade mais expressiva já foi verificada no País ocorreu em 2016, quando 1.863 empresas fizeram esse tipo de solicitação.

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os pedidos de recuperação judicial são consequência do aumento de empresas que acumularam um volume expressivo de dívidas em atraso, chegando à iminência da insolvência.

"Para as empresas que desejam evitar essa situação, é importante buscar a reestruturação financeira o mais cedo possível. Isso envolve negociações com os credores para lidar com as dívidas e a implementação de estratégias para aumentar a receita e cumprir com os compromissos financeiros”, explicou.

Evolução dos pedidos de falência no Brasil (2014-2023*)

2014: 1.661

2015: 1.783

2016: 1.852

2017: 1.708

2018: 1.459

2019: 1.417

2020: 972

2021: 950

2022: 866

2023: 835

Evolução dos pedidos de recuperação judicial no Brasil (2014-2023*) 

2014: 828

2015: 1.287

2016: 1.863

2017: 1.420

2018: 1.408

2019: 1.387

2020: 1,179

2021: 891

2022: 833

2023: 966

*Dados até setembro de 2023

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