RendA+: conheça o novo título do Tesouro Direto e como investir

O Tesouro Nacional e a B3, a Bolsa de Valores do Brasil, lançam até o fim de janeiro uma nova modalidade de títulos para investidores de todos os níveis

A partir do dia 30 de janeiro de 2023, estará disponível para obtenção o novo título do Tesouro Direto: o RendA+, Aposentadoria Extra. A Secretaria do Tesouro Nacional, a Secretaria de Previdência e a Bolsa de Valores do Brasil, conhecida como B3, lançam a novidade em uma parceria do setor financeiro.

A obtenção de títulos pelo programa RendA+ permite que investidores planejem mais uma forma de segurança previdenciária para o futuro. A modalidade oferece algumas características que a diferenciam de outros investimentos, como o baixo risco, a boa rentabilidade, e a segurança contra a inflação.

O Tesouro Nacional é a organização responsável por “tomar conta” do dinheiro do País, e opera sob a jurisdição do Ministério da Fazenda. Tudo que entra no TN é arrecadação pública, e tudo que sai são gastos - ou melhor, investimentos - com o povo.

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O TN funciona como o “caixa eletrônico” do governo brasileiro, e por isso é o responsável por administrar a dívida pública e elaborar formas de captar recursos. Uma das formas encontradas pelo sistema de fomentar o investimento nos cofres brasileiros é o programa Tesouro Direto, do qual o RendA+ faz parte.

Tesouro Direto: o que é e como funciona?

Esse programa, de renda fixa, é como o projeto-piloto da cooperação entre o setor público e privado do mundo financeiro, já que foi elaborado em conjunto entre o Tesouro Nacional e a B3. O RendA+, assim como todos os títulos do Tesouro Direto, tem o propósito de incentivar o investimento nos cofres públicos.

A compra de títulos do Tesouro Direto existe para que investidores possam injetar dinheiro no fundo público, acumulando renda por um certo período de tempo previamente acordado, e então receber, em parcelas, seu dinheiro de volta, garantindo um “pé de meia” para situações inevitáveis, como a velhice, ou inesperadas, como uma gravidez ou uma aposentadoria prematura.

O título do RendA+ é adquirido e, então, a quantia investida fica com o Tesouro Nacional, se valorizando e sendo corrigido de forma a não perder poder de compra e nem valor real, por ser corrigido por índices inflacionários. Ao longo dos anos, o valor vai aumentando e, no momento do resgate, a quantia recebida funciona como uma segunda ou até terceira “previdência” para o investidor.

Assim, o Brasil tem mais crédito em caixa para honrar seus compromissos e oferecer melhores serviços à população brasileira, e o investidor pode gerar renda para o futuro de forma segura.

Segurança, rentabilidade fixa e ajuste inflacionário: veja as características do RendA+

A segurança dos investimentos do Tesouro Direto vem do fato de que é o governo que assegura os pagamentos; a única hipótese na qual o Brasil não conseguiria pagar de volta os investimentos, é se declarasse falência, o que é muito pouco provável de acontecer.

Todos os títulos dão direito a 20 anos de recebimento de renda extra após o resgate. Ou seja, a partir do momento que o comprador do RendA+ resgatar a quantia investida no Tesouro Direto, a mesma quantia será paga de volta ao longo de 240 meses (20 anos), na mesma quantidade de parcelas.

Além da segurança e da rentabilidade, o RendA+, Aposentadoria Extra, também possui um alto grau de acessibilidade para o investidor iniciante. Isso porque, da mesma forma que outros títulos do Tesouro, é possível investir no RendA+ com somente R$30 iniciais. O público-alvo do novo título é a população com renda mensal entre 2 e 6 salários-mínimos.

A Taxa de Custódia da B3 também opera com regulamentos específicos no caso do RendA+. Para o investidor que resgatar os títulos antes da data de vencimento, serão aplicadas taxas no momento do resgate (não existirão taxas semestrais).

B3: como a Bolsa de Valores do Brasil participa dos títulos do Tesouro Nacional?

A B3 é a operadora oficial da Bolsa de Valores do Brasil, que trabalha em conjunto com a Secretaria do Tesouro Nacional para elaborar o RendA+, Aposentadoria Extra, como uma forma de introduzir o planejamento financeiro para o amplo público brasileiro.

De 0 até 10 anos antes do vencimento do título, é cobrada a taxa de 0,50% ao ano sobre o valor resgatado. De 10 a 20 anos antes, 0,20% a.a. (ao ano), e acima de 20 anos antes, a taxa será de 0,10% a.a. A particularidade do RendA+ é que quem começa a receber de volta a quantia investida a partir do vencimento estabelecido na compra dos títulos fica isento de pagamento de taxa.

Qualquer pessoa pode ter acesso aos títulos RendA+ do Tesouro Direto, independente de renda. A aquisição do título é feita pela plataforma PagTesouro, e duas respostas levam o investidor à sua melhor opção entre os oito títulos oferecidos, inicialmente, pelo Tesouro.

Confira os oito títulos que serão disponibilizados a partir do dia 30 de janeiro e seus vencimentos:

Título Vencimento
RendA+ 2030 15/01/2030
RendA+ 2035 15/01/2035
RendA+ 2040 15/01/2040
RendA+ 2045 15/01/2045
RendA+ 2050 15/01/2050
RendA+ 2055 15/01/2055
RendA+ 2060 15/01/2060
RendA+ 2065 15/01/2065

Para ler mais textos sobre investimentos, planejamento previdenciário e ativos de renda fixa, confira outras matérias no portal OPOVO de Economia.

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