Ceará negocia aporte de US$ 100 mi do Banco Mundial em Hidrogênio Verde

O POVO apurou que nova diretoria do Banco Mundial está atenta aos movimentos empreendidos no desenvolvimento no hub de hidrogênio verde do Ceará

O Governo do Ceará e o Banco Mundial negociam a realização de operação de crédito de US$ 100 milhões com foco no desenvolvimento da cadeia do Hidrogênio Verde (H2V). O recurso seria investido no Programa de Transição Energética Justa para o Estado do Ceará – Ceará Verde.

O assunto foi discutido na sede da Secretaria da Fazenda (Sefaz), onde foi dado início à análise da Carta Consulta para operação. O Banco Mundial avalia o documento e não foi dada previsão para retorno.

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A ideia do Governo é que o Banco Mundial financie o Estado no suporte à aquisição de bens de capital para empresas de tecnologia e inovação para cadeia produtiva da transição energética. O foco será no H2V.

Fernanda Pacobahyba, titular da Sefaz, explica que essa é uma operação de crédito "para investimentos em áreas estratégicas, promovendo e dando toda a estrutura básica para que as empresas possam se instalar no Ceará”.

Em agenda de visita realizada nesta semana no Ceará, a nova diretoria do Banco Mundial no Brasil demonstrou interesse em projetos de Hidrogênio Verde (H2V). O POVO apurou que o recém nomeado diretor do banco, Johannes Zutt, está atento aos movimentos empreendidos no desenvolvimento do hub de H2V do Ceará.

Ontem, a comitiva liderada por Zutt visitou as instalações do Complexo do Pecém e conheceu de perto o projeto do hub, que já conta com 24 memorandos de entendimento (MoU) e dois pré-contratos assinados.

Hidrogênio Verde Sugestões para o Desenvolvimento
Hidrogênio Verde Sugestões para o Desenvolvimento (Foto: Luciana Pimenta)

Presente na reunião com a comitiva do Banco Mundial na sede do Governo do Estado, o assessor para Assuntos Internacionais da Casa Civil do Ceará, César Ribeiro, destaca que a reunião foi produtiva e serviu para que houvesse acompanhamento dos projetos já desenvolvidos, assim como novas possibilidades.

"Há uma discussão de novos projetos, o Banco Mundial se colocou à disposição para que também estivesse presente em alguns projetos voltados ao H2V. Eles têm muito interesse nessa interlocução, principalmente por conta do momento que o Estado vive com esse projeto", pontua.

Em meio às possibilidades de desenvolvimentos de projetos com foco em fontes alternativas de energia, o presidente da Cegás, Hugo Figueiredo, destacou as potencialidades da empresa quanto à distribuição de Gás Natural Renovável (GNR), além de projeto piloto relacionado a H2V.

"Com os recursos do Banco Mundial, pretendemos ampliar a nossa oferta de biometano com novos supridores. Além de implantar um projeto piloto de distribuição de hidrogênio verde, reforçando assim o nosso compromisso de sustentabilidade e trazendo mais desenvolvimento para o nosso Estado.”

A visita da comitiva do Banco Mundial ao Ceará ocorreu um dia após a assinatura de dois memorandos de entendimento relacionados ao setor de energia. O primeiro, da Goldwind, fabricante de equipamentos para produção de energia eólica. E o segundo, a Alupar, que investe na produção de H2V. Os negócios devem gerar investimento de R$ 150 milhões no Complexo do Pecém.

Outros assuntos também estiveram na pauta da reunião, conforme a própria governadora Izolda Cela confirmou nas redes sociais. Atualmente o Estado já possui financiamentos em áreas como educação e agricultura. E um dos intuitos da comitiva é fazer o acompanhamento.

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