Tipos de investimentos financeiros: o que são e ativos mais populares

Conhecer as características de cada investimento, de modo a aproveitar as vantagens que eles possam oferecer, é o primeiro passo a tomar quando se quer fazer o seu dinheiro render de forma mais vantajosa.

Conhecer as características de cada investimento, de modo a aproveitar as vantagens que eles possam oferecer, é o primeiro passo a tomar quando se quer fazer o seu dinheiro render de forma mais vantajosa.

Nem sempre essa é uma tarefa fácil, pois o mercado financeiro oferece diversas alternativas para quem deseja investir, inclusive para pessoas que são empreendedoras e querem diversificar a fonte das receitas.

Quer saber quais são os tipos de investimentos financeiros mais populares e quais podem ser uma boa pedida para o seu perfil de investidor? Continue a leitura e confira!

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O que são investimentos de renda variável e fixa?

Saber o que são investimentos de renda fixa e renda variável e entender a diferença entre eles é uma das dúvidas mais comuns entre os investidores, principalmente para aqueles que estão começando a investir agora.

Resumidamente, a renda fixa é aquele tipo de investimento que possibilita previsibilidade dos ganhos, pois a taxa de juros é fixa. Já o investimento de renda variável tem rendimentos que são imprevisíveis, pois os valores oscilam de acordo com o humor do mercado, que é influenciado por fatores econômicos e políticos.

Tipos de investimento

Os investimentos podem ser de curto, médio e longo prazo, a depender do tempo em que o dinheiro ficará investido. Veja as vantagens de cada tipo:

Curto prazo

Como o próprio nome sugere, os investimentos a curto prazo são aqueles que geram retorno dentro de um período de tempo menor (após 12 meses, por exemplo).

É uma modalidade simples, ágil e segura, pois está ligada a variações de taxas de juros e de taxas pós-fixadas que apresentam baixo risco de crédito.

É ideal para quem deseja montar uma reserva de emergência ou fazer investimentos como a compra de imóveis, carros ou viagens, pois eles necessitam de maior liquidez possível e bom rendimento.

As desvantagens é que a rentabilidade não é tão boa quanto a de ativos de médio e longo prazo e algumas aplicações, mesmo com maior liquidez, podem não sair tão boas no curto prazo.
Médio prazo

Os investimentos de médio prazo geram retorno entre dois e cinco anos e funcionam para metas como viagens, compra de um imóvel, realização de festas de casamento etc.

Os investidores que optam por esse tipo de investimento abrem mão da liquidez, ou seja, não precisam sacar o dinheiro rapidamente. Quem opta por esse tipo de investimento deve ter uma reserva de emergência para cobrir imprevistos, já que o dinheiro investido nessa modalidade não pode ser resgatado imediatamente, sem prejuízos.

Longo prazo

Investir a longo prazo significa investir e só fazer o resgate em alguns anos (Pode ser 5, 10, 20 ou mais anos). O período em que o dinheiro ficará aplicado vai depender dos objetivos que o investidor (por exemplo, bancar a educação superior dos filhos que ainda são crianças).

Esse tipo de investimento é vantajoso porque quanto maior o prazo em que o capital ficar empregado, maiores são as chances de obtenção de resultados significativos, pois o efeito dos juros compostos fazem a rentabilidade aumentar.

Algumas estratégias podem ser úteis nessa modalidade de investimento, como a técnica de buy&hold (comprar e manter), que consiste em adquirir os ativos financeiros e mantê-los até a aposentadoria do investidor, por exemplo. Dessa forma, a vantagem é a valorização e o pagamento de dividendos.

Quais são os principais tipos de investimentos?

Veja algumas opções de investimentos mais escolhidas por investidores e escolha a que melhor se encaixa no seu perfil:

Tesouro Direto

Criado pelo governo federal, o tesouro direto é um programa que oferece às pessoas físicas a negociação de títulos públicos de forma simples e online.

Ele funciona como um empréstimo que o investidor faz ao governo federal, que por sua vez, fornece um título de crédito com vencimento determinado.

Quando a data estabelecida chega, o governo devolve o dinheiro investido, somado aos juros aplicados e determinados quando a aplicação foi feita.

O investimento no tesouro direto é considerado uma alternativa segura porque o emissor é o governo, o qual, a priori, tem a chance menor de falir e dar calote.

Em 2022, as vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet somaram R$ 4,01 bilhões em julho, segundo o Tesouro Nacional. O volume é o segundo maior da história para um mês, perdendo apenas para maio de 2019 (R$ 5,86 bilhões).

Certificado de Depósito Bancário (CDB)

Outro tipo de investimento muito popular é o Certificado de Depósito Bancário (CDB), que difere do tesouro direto porque em vez de emprestar ao governo, o investidor empresta dinheiro a uma instituição financeira (como os bancos) e recebe como rendimento os juros.

E mesmo se o banco “quebrar”, o que não é algo comum, o risco de crédito é garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que devolve o dinheiro do investidor em situações críticas.

Se um CDB tem prazo de carência de 4 anos, por exemplo, significa que o dinheiro investido precisa ficar aplicado no banco durante esse tempo.

No entanto, é possível encontrar CDB com diversos tipos de prazo, desde com liquidez diária, o que permite que o investidor retire o dinheiro quando bem entender, até com anos de carência.
Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos de renda fixa do mercado financeiro que captam recursos para o desenvolvimento do setor imobiliário e do agronegócio, respectivamente.

Na LCI, o investidor empresta ao setor imobiliário, como por exemplo, aos bancos que possuem linhas de empréstimo voltadas ao financiamento de imóveis - mas não somente a eles. Além de ser oferecida pelos bancos, a LCI pode ser lançada por sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo e companhias hipotecárias interessadas em captar recursos.

Da mesma forma, a LCA são títulos usados para captar recursos para a cadeia do agronegócio, por meio de empréstimos concedidos a produtores rurais ou cooperativas, incluindo financiamentos relacionados tanto à produção quanto à comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos agropecuários, insumos, máquinas e implementos usados no setor.


Debêntures

As debêntures são títulos de crédito emitidos pelas empresas, ou seja, quem compra esses títulos empresta dinheiro para a empresa construir uma nova fábrica, expandir operações no exterior ou fazer qualquer outro tipo de investimento.

Como quem define as condições da emissão é a própria empresa, as debêntures acabam sendo um bom negócio para ela, pois é mais barata do que um financiamento bancário tradicional.

Para os investidores, uma das suas vantagens é que, por envolver risco – o da empresa não pagar de volta, por exemplo – o retorno desse tipo de aplicação costuma ser mais alto para os investidores, se comparado a outros tipos de papéis.

Ações de empresas

Uma diferença básica entre debênture e ação é que enquanto uma representa papéis de dívida, a outra é uma fração do capital de uma empresa.

Ou seja, quem investe em ações se torna sócio de uma empresa – e não credor, como é o caso de quem compra debêntures. Se ela crescer e tiver lucro, o investidor poderá receber dividendos e ganhar com a valorização das ações. Já se registrar prejuízos, os papéis podem desvalorizar. Como o retorno do investimento pode mudar segundo a performance da companhia e as condições do mercado, as ações são classificadas como investimentos de renda variável.
Fundos de Investimentos

Os fundos são um tipo de “condomínio de investidores”, na medida em que reúnem os recursos de diversas pessoas para que sejam investidos em conjunto no mercado financeiro. Os ganhos obtidos são divididos entre os participantes, na proporção do valor depositado por cada um (quem investe mais ganha mais).

A soma do dinheiro dos investidores forma o patrimônio desse fundo, que é aplicado por uma instituição ou profissional, chamado de gestor. As decisões sobre o que fazer com os recursos obedecem a regras pré-definidas. Os investimentos escolhidos pelo gestor podem ser bem-sucedidos ou não, e isso vai determinar a valorização ou desvalorização das cotas desse fundo.

Como começar a investir?

Como foi dito ao longo do texto, não é preciso ser milionário para começar a investir. Veja algumas dicas para ajudar quem sonha em ter uma vida mais confortável ou ver o empreendimento crescer:
Faça um planejamento

Antes de começar a investir, é preciso ter muito bem definidos quais são os objetivos que se pretende alcançar, como uma aposentadoria futura, uma festa de casamento mais próxima ou a educação superior dos filhos.

O planejamento também auxilia que a pessoa interessada em investir avalie se tem condições para tal, já que um orçamento apertado significa que a atitude mais importante no momento é a retomada do controle financeiro e não o investimento imediato.
Abra uma conta em banco ou em uma corretora

Há diversas corretoras no mercado e cada uma oferece benefícios diferentes para atrair e manter a clientela, e essa diversidade toda acaba deixando a escolha mais difícil.

Definir qual é a instituição que vai cuidar do dinheiro investido é uma decisão muito importante e que demanda do investidor não apenas capital mas também conhecimento sobre o mercado e seus ativos, além das taxas cobradas, qualidade do atendimento, e tecnologia da plataforma.

Saiba o tipo de perfil de investidor

Para investir, é importante não só conhecer as características dos investimentos disponíveis
mas também ver se a escolha é a mais adequada para o tipo de investidor, algo que se relaciona às características da personalidade.

O investidor pode ser classificado em três principais perfis, de acordo com a disposição para aceitar riscos, preferência por liquidez (capacidade de transformar o investimento em dinheiro) e expectativa de rentabilidade.

A combinação dessas características determina o perfil do investidor, que pode ser conservador, moderado ou arrojado (agressivo). A análise de perfil do investidor é fundamental para que seus investimentos sejam realizados de forma consciente e sejam compatíveis com seus objetivos.

Algumas corretoras dispõem de testes de perfil, assim como o Banco Central, que disponibiliza uma série de dicas para qual a intenção do investidor (poupar ou se livrar das dívidas).

Juvêncio Viana, 24 anos, empresário, ampliou os investimentos na bolsa durante a pandemia
Juvêncio Viana, 24 anos, empresário, ampliou os investimentos na bolsa durante a pandemia (Foto: Arquivo Pessoal)


O empresário cearense Juvêncio Viana, 24 anos, investe na bolsa desde os 20 anos. Durante a pandemia, ele passou a focar com mais afinco no mercado de capitais, com o objetivo de diversificar a carteira e melhorar a rentabilidade de suas aplicações.

Além de aumentar o aporte em empresas que estão na bolsa brasileira, também passou a investir em papéis cotados em bolsas estrangeiras, aproveitando o cenário de dólar alto. De forma que hoje 70% dos seus investimentos estão em renda variável.

"No início era um pequeno percentual mesmo que ia para ações. Depois comecei a estudar mais sobre o assunto, a entender como funciona, para entrar com maior segurança na bolsa e tomar minhas próprias decisões."

Conclusão

Mesmo com a alta dos juros e a instabilidade político-econômica do Brasil e do mundo, algo que eleva o risco no mercado de capitais, a quantidade de pessoas físicas que investe na bolsa brasileira, a B3, segue crescendo forte em outros lugares que não São Paulo, estado que concentra a maior economia do País e onde a cultura dos investimentos em renda variável é mais consolidada.

No Ceará, por exemplo, o número de contas saltou de 65.2 mil, em janeiro de 2021, para 107,1 mil em janeiro deste ano. Crescimento de 64,2% no período. Eles são responsáveis hoje por movimentar R$ 8,5 bilhões na B3.

Neila Fontenele, colunista de Economia do O POVO, salienta que o mercado brasileiro ainda está longe do seu "similar" norte-americano, mas o fato é que mais pessoas físicas têm buscado investimentos financeiros - como a bolsa de valores, por exemplo.

Para ter acesso às análises sobre investimentos acesse a seção de colunistas do OP+ e fique por dentro das notícias mais recentes sobre o cenário econômico brasileiro e mundial no canal de Economia.

 

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