Como investir em renda fixa

A renda fixa é o tipo de investimento mais procurado pelos investidores que querem fazer o dinheiro render com estabilidade e segurança. Saiba exatamente o que é e como investir em renda fixa

Já se foi o tempo em que o colchão era o melhor lugar para guardar o dinheiro que sobrava no final do mês. A caderneta de poupança até viveu seus tempos áureos, apesar de ainda ser a opção de muita gente, mas há uma série de boas opções para fazer o dinheiro render mais — e o melhor, sem correr riscos.

Uma delas é a renda fixa, como é chamado o tipo de investimento que tem a rentabilidade definida a uma taxa fixa pré ou pós-fixada. São exemplos de renda fixa as aplicações no Tesouro Direto, CBDs, LCI, entre outros.

Bateu a curiosidade? Pois siga na leitura porque vamos explicar como investir em renda fixa e o valor mínimo de cada tipo de investimento. Mas vamos logo adiantando: não é preciso ter muito dinheiro nem ter perfil de investidor da bolsa de valores para começar na modalidade.

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O que é renda fixa

Na renda fixa é possível prever a rentabilidade do valor investido, antes mesmo da operação ser realizada. Essa é uma segurança que os investimentos de renda variável não dão, como por exemplo, a compra e venda de ações na Bolsa de Valores, onde a rentabilidade não é garantida e ainda surgem alguns riscos.

A renda fixa é, portanto, uma modalidade que combina uma ótima rentabilidade com a segurança.

Como funciona o investimento em Renda Fixa

O investimento é realizado em títulos públicos e privados de renda fixa. Ao comprar um título, o investidor “empresta” dinheiro ao emissor do papel, que pode ser tanto um banco, quanto uma empresa, ou até mesmo o governo.

O investidor recebe em troca uma remuneração após um determinado prazo, acrescida de juros e/ou correção monetária, podendo ainda receber parcelas chamadas de amortizações.

Quanto rende a renda fixa

Cada tipo de investimento de renda fixa tem um prazo de vencimento diferente, assim como indicadores e riscos específicos. A rentabilidade depende muito da combinação desses fatores. Por isso, não é possível dizer que um tipo de título é mais vantajoso que outro, já que isso vai depender do contexto econômico e das expectativas do mercado.

Principais ativos da renda fixa

Saiba quais são os principais tipos de títulos emitidos por instituições públicas e pelas privadas:

Tesouro Direto

O Tesouro Nacional é o responsável por esse programa que ficou muito popular nos últimos anos. O Tesouro direto é tão seguro quanto a poupança, já que o governo é quem é o emissor do título, usado por ele para financiar projetos públicos.

Existem diversas opções de títulos no Tesouro Direto, assim como prazos diferentes de “resgate”. No entanto, é possível vender os títulos antes do prazo, mas com rendimentos menores.

Poupança

A caderneta de poupança é uma conta de banco que paga um rendimento mensal sobre o valor nela depositado. A rentabilidade dela é a mesma em qualquer banco que disponha dessa modalidade, já que as taxas de rentabilidade são definidas pelo Banco Central.

Um dos atrativos da poupança é que não existe taxa de manutenção nem cobrança de tarifas e taxas, além de não haver incidência de tributos, como o Imposto de Renda (IR).

CDB

No Certificado de Depósito Bancário (CDB), o investidor empresta dinheiro para o banco e em troca recebe juros pela aplicação em um determinado período.

Os prazos de resgate podem ser tanto de um dia quanto de mais de três anos. O CDB é protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que significa que se o banco falir, o título será pago mesmo assim.

Ao contrário da poupança, o CDB sofre tributação de IR e algumas vezes de IOF.

LCI / LCA

A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são semelhantes ao CDB, só que esses títulos ajudam a financiar o crédito imobiliário e o agronegócio oferecido por bancos e outras instituições financeiras.

A LCA também tem a proteção do fundo que garante o pagamento, e ainda possui a vantagem de não sofrer a incidência de IR. No entanto, a remuneração costuma ser um pouco inferior aos demais títulos.
Debêntures

A debênture é uma ferramenta de captação de recursos usada pelas empresas para possibilitar o financiamento de seus projetos. As empresas emitem os títulos como alternativa ao financiamento bancário. Ao contrário das aplicações feitas por meio dos bancos, esse tipo de investimento não possui garantia do fundo.

De modo geral, sofrem incidência de IR, ainda que existam categorias especiais, como as incentivadas, nas quais o investidor não precisa pagar ao Leão.

Letras de Câmbio

A Letra de Câmbio (LC) é semelhante ao CDB, mas ela não é emitida por bancos e sim por financeiras. A LC conta com a segurança do FCG, o que é uma tranquilidade a mais para o investidor. Esses títulos também estão sujeitos à tributação do IR.

CRI/CRA

Outra aplicação pouco conhecida são os Certificados de Recebíveis Imobiliário (CRI) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA).

Assim como a LCI e LCA, esses títulos são destinados para o setor imobiliário e de agronegócio, com a diferença de que os CRI / CRA não contam com garantia do fundo. O Imposto de Renda não incide sobre eles.

Vantagens da renda fixa

Há uma série de vantagens em investir em aplicações de renda fixa. Saiba quais são as principais:

Facilidade do investimento

A aplicação em renda fixa não exige que o investidor acompanhe o investimento diariamente, já que basta comprar e aguardar até as datas de pagamento periódico.
Segurança

Como foi dito anteriormente, a renda fixa é uma categoria de investimento que tem um cálculo pré-definido, ou seja, ao comprar um título, o investidor está emprestando o dinheiro para alguém (governo, bancos ou outras empresas), e, no futuro, receberá esse valor de volta, acrescido de juros.

Assim, o investidor tem mais segurança e previsibilidade. Além disso, a maioria dos papéis são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), o que reduz qualquer possibilidade de perda do dinheiro aplicado.

Lucro

O retorno das aplicações de renda fixa é estável e recorrente quando o investidor aguarda até a data de vencimento do título, atitude que é ideal para quem tem o objetivo de formação de patrimônio ou deseja viver de renda.

Como investir em Renda Fixa

Para investir em renda fixa basta selecionar o banco ou instituição financeira, abrir uma conta e adquirir o produto de renda fixa que melhor combina com os objetivos e o perfil do investidor.

Antes do contrato, é preciso prestar atenção a informações essenciais, tais como características do título, liquidez, prazos de carência e resgate, tributação, rentabilidade, modelo de taxas de juros e a segurança. É preciso também analisar se o título tem ou não garantia do FGC, se o emissor possui boa reputação e se é confiável.

Conclusão

Não importa se o objetivo do investimento é fazer uma viagem daqui a um ano ou adquirir um carro novo daqui a cinco - o importante é fazer o dinheiro render da forma mais inteligente e segura, e nesse sentido, os investimentos de renda fixa conseguem cumprir esses requisitos. 

Esperamos que com a leitura deste texto, você aprenda o básico sobre como investir em renda fixa. 

Lembrando que o ideal sempre é diversificar os tipos de investimentos. Para saber mais sobre como fugir da comodidade da poupança, assista ao Dei Valor, com a apresentação do repórter Samuel Pimentel. Neste episódio é possível aprender um pouco mais sobre o assunto discutido aqui. Aperte o play e bons investimentos!


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