Plano sustentável no Nordeste prevê 2 milhões de empregos em 5 anos

O projeto conta com prazo de 12 anos de implementação, e busca alinhar práticas de governança que garantam a continuidade das ações propostas

O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste lançou oficialmente nesta terça-feira, 26 de julho, o Plano Nordeste Potência.

Documento de 24 páginas reúne estudos e diretrizes que buscam assegurar a sustentabilidade dos investimentos em energias renováveis na Região e prevê ao menos 2 milhões de empregos nos próximos cinco anos. 

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O objetivo do plano "é apresentar propostas concretas para fomentar o crescimento com inclusão, promover o debate público sobre a recuperação econômica pós-pandemia no Nordeste sob bases verdes e justas, de forma a gerar mais empregos, mais renda e mais oportunidades, com respeito às comunidades", conforme definido no lançamento.

O documento será levado a todos os candidatos aos nove governos estaduais no período eleitoral deste ano.

Ação é resultado de um planejamento conjunto de quatro organizações civis brasileiras: Centro Brasil no Clima, Fundo Casa Socioambiental, Grupo Ambientalista da Bahia e Instituto Climainfo, com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS).

Estudos para elaboração do plano destacam que para 73% dos brasileiros os governos estaduais e federal deveriam o desenvolvimento de uma indústria verde no Brasil como uma prioridade máxima de suas respectivas gestões. 

Entre os pilares da iniciativa estão: capacitação técnica de mão de obra local, participação social ativa, revitalização da bacia do Rio São Francisco, implementação de redes de geração destruída de energia renovável.

De acordo com o plano, a transição energética requer a criação de 122 milhões de empregos até 2050 em todo o mundo.

Desse total, para garantir uma empregabilidade sustentável, ao menos 50% deverão ser ocupadas por pessoas com escolaridade de nível primário ou médio.

Implementação do plano nos estados do Nordeste

O documento foi oficialmente apresentado ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).

O gestor é presidente do Consórcio Nordeste e destacou a importância do plano para alinhamento das ações entre os estados. 

"É sempre bom falarmos de desenvolvimento, é preciso, o plano garante um grande desenvolvimento econômico, que ainda que sempre bem-vindo, precisa te um olhar social e um olhar para o meio ambiente e o plano garante isso", pontua. 

Paulo pontua que a partir das diretrizes do plano, os nove estados da região irão conectar ações de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável, alinhando a metas com padrões internacionais de sustentabilidade.

"Uma política integrada para o desenvolvimento, muito bem planejada e que apresenta potencial de se reinventar ao longo de sua execução", acrescenta. 

O plano conta com prazo de 12 anos de implementação, e busca alinhar ainda práticas de governança que garantam a continuidade das ações propostas pelo estudo nos próximos três mandatos nos estados.

Entre os pontos prioritários estão a recuperação da bacia do Velho Chico, e temas relacionados a impactos sociais e ambientais de energia descentralizada, desde de projetos ainda em planejamento até plantas já em operação. 

O foco é, além de garantir o menor dano possível dos próximos projetos a serem instalados na região, assegurar que os que estão em desenvolvimento sejam adequados dentro dos princípios defendidos pelo plano.

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