Logo O POVO+

Jornalismo, cultura e histórias em um só multistreaming.

Participamos do

Renda média real do cearense não acompanha a inflação e cai 0,57% em 10 anos

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, entre 2012 e 2021, esse valor passou de R$ 1.565 para 1.556 por mês

O rendimento médio real mensal da população cearense não acompanhou a inflação e teve redução de 0,57% em um período de 10 anos.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Rendimento de todas as fontes, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 10.

Segundo o instituto, a parcela da população cearense que recebia algum rendimento recebia, em média, R$ 1565 por mês em 2012. Já em 2021, esse valor passou para R$ 1.556 mensais, já descontada a inflação do período.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

No ano passado, a renda média real no Estado foi também a 8ª menor do País e ficou abaixo da média nacional, que foi de R$ 2.265 por mês. A maior renda média real foi a do Distrito Federal, R$ 4.167, e a pior foi a do Maranhão, R$ 1.270.

Redução da renda no Ceará

O fenômeno registrado no Ceará, de redução na renda média real mensal, também se repete no cenário nacional. Em 10 anos, o brasileiro teve queda de 4,39% em seus rendimentos, quando consideradas todas as fontes de renda, passando de R$ 2.369 para R$ 2.265.

Das 27 unidades federativas do Brasil , outras 19, além do Ceará, apresentaram redução na renda no período considerado.

Por outro lado, os estados de Tocantins, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul tiveram aumento nos rendimentos médios de suas respectivas populações, entre 2012 e 2021.

A maior alta na renda média mensal real foi registrada entre os potiguares, 18,41%. Já a maior redução foi verificada no estado do Amazonas, 24%.

Desigualdade

Voltando a falar dos índices cearenses a PNAD Contínua revelou, ainda, aumento na desigualdade ao longo dos últimos 10 anos.

O chamado Índice de Gini, principal parâmetro internacional para verificar o quão desigual é determinada região em termos de rendimento, passou de 0,545 para 0,549.

O indicador vai de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1 maior é a desigualdade. No País, o estado mais desigual é Roraima, que tem Índice de Gini de 0,596. Já Santa Catarina é o estado menos desigual, registrando 0,424.

Essa desigualdade verificada no Ceará se reflete também no percentual da população que recebe algum tipo de auxílio social para obter renda. 

Nada menos que 48,4% dos cearenses com rendimento recebem algum benefício governamental.

Só o programa Bolsa Família, substituído pelo Auxílio Brasil em outubro de 2021, beneficiou 17,4% dessa parcela da população no Estado.

Já o Benefício de Prestação Continuada (BPC) atingiu 5% dos cearenses que têm algum tipo de renda. 

Outros programas sociais impactaram 26% da população cearense que teve algum rendimento no ano passado. 

Composição do rendimento do brasileiro

Entre os brasileiros que tiveram algum rendimento em 2021, a maior parte obteve por meio do trabalho, cerca de 75,3%. O percentual é ligeiramente menor que o verificado em 2012, que era de 75,7%.

Outros 18,2% receberam algum tipo de pensão ou aposentadoria no ano passado. Há dez anos, esse índice era de 16,5%.

O movimento acompanhou o processo de envelhecimento da população brasileira. Aluguéis e arrendamentos, por sua vez responderam por 1,7% da renda média real mensal do brasileiro em 2021, contra 2,3% em 2012.

Já pensões alimentícias, doações e mesadas responderam por 0,9% desse total, no ano passado, e há dez anos respondiam por 1,2%. Outros tipos de rendimento somaram 4% em 2021, ante 4,4% em 2012.

Indicadores socioeconômicos do Ceará

  • Rendimento médio mensal geral: R$ 1.556
  • Rendimento médio mensal do trabalho: R$ 1.806
  • Índice de Gini (população geral) 0,549
  • Índice de Gini (população economicamente ativa): 0,526
  • Percentual de domicílios que receberam Bolsa Família/Auxílio Brasil: 17,40%
  • Percentual de domicílios que receberam Benefício de Prestação Continuada (BPC): 5%
  • Percentual de domicílios que receberam outros programas sociais: 26%

    Fonte: PNAD Contínua/IBGE

Mais notícias de Economia

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar