Gasolina no RJ: preço do combustível no Rio de Janeiro; quanto está?

O preço do combustível aumentou mais uma vez, com valor do litro superando R$ 10 em alguns estados do País. Veja quanto está a gasolina no Rio de Janeiro (RJ) hoje

Postos de combustíveis do Rio de Janeiro (RJ) aumentaram o preço da gasolina hoje, sexta, 11 de março (11/03). Nesta noite, em alguns postos de combustíveis no bairro Botafogo, Zona Sul, era possível encontrar gasolina comum a R$ 7,69, o GNV R$4,59 e o etanol, R$ 5,69. Houve relato também do combustível a R$ 7,59 e R$ 8,27. 

O Procon Estadual do Rio de Janeiro iniciou na tarde desta sexta, 11, uma ação de fiscalização para Carolina Parente apurar se houve aumento abusivo de preços nos postos de combustíveis após receber denúncias de motoristas.

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Preço da gasolina: porque está cara? Entenda

O aumento no preço da gasolina ocorre em decorrência da implementação do reajuste de 18,8% no preço da gasolina comum cobrado nas refinarias anunciado pela Petrobras na quinta-feira, 10 de março, e implementado hoje, 11. A Petrobras reajustou ainda o preço do óleo diesel em 24,9% e do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, em 16%.

Todos os derivados de petróleo reajustados pela estatal já computam aumento de preços. As projeções indicam que, no Ceará por exemplo, os valores devem chegar na máxima de R$ 150 para um botijão de 13kg do gás de cozinha e R$ 9 para o litro da gasolina comum e de R$ 8 para o diesel.

O efeito da guerra no preço da gasolina

Em meio às instabilidades causadas no mercado pelo conflito entre Ucrânia e Rússia, o preço do barril do petróleo Brent disparou. Com base na atual política de preços, analistas já estimavam no último dia 8 que um novo reajuste da Petrobras poderia aumentar o preço da gasolina para patamar superior a R$ 11 e do diesel para acima dos R$ 10. Por isso, Governo Federal e Congresso se movimentaram em torno de iniciativas que visam diminuir essa pressão no consumidor final.

Preço da gasolina: governo tenta minimizar aumento do combustível

O presidente Jair Bolsonaro disse que sancionará ainda hoje, 11, o projeto de lei (PL) que prevê a cobrança em uma só vez do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, inclusive importados. O texto, aprovado na madrugada desta sexta-feira, na Câmara dos Deputados, e um pouco antes no Senado, prevê que a cobrança seja feita com base em alíquota fixa por volume comercializado e única em todo o país.

"Quero cumprimentar o Senado e a Câmara dos Deputado pela aprovação que, na prática, visa suavizar o aumento no óleo diesel no dia de ontem [10]" disse Bolsonaro, durante o lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), referindo-se ao aumento no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobras.

No final de 2021, o presidente Jair Bolsonaro atribuiu a alta nos preços do derivado de petróleo na bomba ICMS cobrado pelos estados. A média nacional do preço do litro de gasolina chegava, à época, a quase R$ 6, e em cidades do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Acre e Tocantins já superava os R$ 7.

A porcentagem do imposto estadual cobrado pelas unidades federativas, apesar de compor parte relevante do valor que os consumidores pagam pelos combustíveis nos postos de abastecimento, não sofreu alterações ano passado.

Foram os reajustes feitos pela Petrobras que pesaram na conta dos motoristas que rodam em carros movidos à gasolina, commodity que já acumula, no Brasil, alta de 51% desde janeiro de 2021.

Segundo levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em abril de 2021, o valor do ICMS correspondia a 28,1% do preço do combustível. O componente que mais pesou no bolso do consumidor, porém, não foi o imposto, e sim o valor cobrado na refinaria que corresponde a 35,6% do preço médio do hidrocarboneto na bomba.

Além disso, a própria Petrobras destacou que até chegar ao consumidor, são acrescidos ao valor do combustível tributos federais e estaduais (39,1%); custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro (15,7%) e custos das companhias distribuidoras e dos revendedores (12,2%).

Segundo o IBGE, o combustível teve alta acumulada de 27,5% este ano; e nos últimos 12 meses, os preços subiram 37%.

Em informação concedida ao Portal Uol, Carla Ferreira, pesquisadora do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, ligado à Federação Única dos Petroleiros) afirmou que os reajustes são uma consequência da política de preços da Petrobras adotada em 2016 que associa os valores praticados no País ao preço do barril de petróleo no mercado internacional. Com isso, os preços no Brasil sobem devido à drástica valorização do dólar em relação ao real.

“É claro que, como o ICMS é um percentual sobre o preço final, quando o preço sobe, a arrecadação aumenta. Mas ele não é o vilão das altas de agora. A grande questão é esse preço que sai da refinaria, que vem da política de paridade de importação.”

Ainda conforme Carla Ferreira, um exemplo de que os tributos não foram os fatores que determinaram as altas da gasolina foi a baixa influência que a isenção de PIS e Cofins, impostos federais, teve sobre o preço do diesel (também derivado do petróleo). Ela disse que apesar de a diminuição no imposto ter sido de R$ 0,31, a queda no valor do combustível na bomba foi de somente R$ 0,03.

Componentes do preço da gasolina

O preço da gasolina na bomba, conforme a ANP, é influenciado diretamente por cinco fatores:

  • Preço do produtor (Petrobras e importadores);
  • Preço do etanol - o combustível comercializado nos postos do País é composto por 73% de derivado de petróleo (gasolina A) e 27% de etanol de origem canavieira;
  • Tributos federais - PIS, Cofins e Cide;
  • Imposto estadual - ICMS;
  • Distribuição, transporte e revenda.

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