Com mais de US$ 700 mi em parcerias no Ceará, BID mira hub do hidrogênio verde

Representante do BID no Brasil frisa que ainda não há nada de concreto, mas que a instituição tem interesse neste eixo de transição energética e descarbonização

O Ceará fechou 2021 com mais de US$ 80 milhões de projetos aprovados com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Somados aos já existentes, são US$ 700 milhões em parcerias, quase R$ 4 bilhões. Com isso, é um dos cinco estados brasileiros com mais aportes da instituição, que, em seu braço privado, também está de olho para investimentos no hub de hidrogênio verde cearense.

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As informações são de Morgan Doyle, representante do BID no Brasil, em entrevista à jornalista Letícia Lopes no programa Guia Econômico, na rádio O POVO CBN.

Dentre os aportes com o Governo do Estado, ele destaca projetos como o Programa Integrado de Prevenção e Redução da Violência (PReVio) do Ceará e o de modernização do Judiciário estadual, que visa tornar mais simples ao cidadão entrar com processo ou acompanhar o andamento de uma causa, além de focar em tornar mais efetivo o trabalho do servidor.

Um dos eixos do BID com aporte no Estado é também a digitalização, como pelo Programa Ceará Mais Digital, que serão US$ 31 milhões em financiamento.

Sobre o governo cearense ser um dos cinco principais parceiros do banco, Doyle destaca a gestão fiscal. "Tem a casa em ordem", diz ele sobre o Ceará.

"Por isso temos essa parceria de longa data (...) o Estado tem feito série de reformas para manter a capacidade financeira. Aliás, um dos projetos que muito nos orgulha é o Profisco, que acompanhou o esforço da Sefaz (Secretaria da Fazenda) para tornar a nota fiscal eletrônica uma realidade. Você compra um produto e a nota é emitida via internet. Essa questão parece tão simples, mas por trás está um esforço enorme para migração de dados para a nuvem e o Estado acompanhar de forma correta diversas fontes de informação para ter gestão financeira e fiscal muito moderna."

O Profisco é o Programa de Apoio à Gestão dos Fiscos do Brasil, que basicamente é uma linha de crédito condicional do BID aos estados e ao Distrito Federal para financiamentos de projetos de melhoria da administração das receitas e da gestão fiscal, financeira e patrimonial.

No Estado, foram desenvolvidos projetos relacionados à transparência fiscal, administração tributária e financeira no prazo de cinco anos, contado a partir da data de assinatura do contrato, em outubro de 2018.

Já questionado sobre o hub hidrogênio verde cearense, o representante do BID no Brasil frisa que ainda não há nada de concreto, mas que a instituição tem interesse neste eixo de transição energética e descarbonização.

"Projetos provados que precisam de investimento, temos nosso braço privado, o BID Invest (focado em financiar empresas e projetos sustentáveis), que está pronto para acompanhar investimentos importantes, como essa transição para a economia verde", detalha Doyle.

"Entendemos que o Ceará está muito bem nessa área. Além do enorme potencial já realizado, com financiamento solar, temos muito interesse em trabalhar em prol do meio ambiente", acrescenta.

Veja programação da O POVO CBN com a entrevista com o BID

 

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