Funcionários da Itapemirim relatam atrasos de até 5 meses no pagamento de salários e benefícios

Paralisações ocorrem em Fortaleza, em Campo Grande e Feira de Santana na manhã desta segunda-feira, 3 de janeiro, em cobrança de direitos trabalhistas

A paralisação das atividades de funcionários do núcleo rodoviários da empresa de transportes Itapemirim em Fortaleza na manhã de hoje, 3 de janeiro de 2022, ocorre em resposta a atrasos de até cinco meses no pagamento de salários e benefícios. 

Situação de insatisfação dos trabalhadores é agravada pelo relato de descumprimento de acordos trabalhistas anteriores, conforme revela Carlos Jefferson, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros Intermunicipal e Interestadual do Estado do Ceará (Sinteti).

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"Sempre é muito difícil entrar em contato com eles, quando conseguimos sempre nos prometem acordos, até mesmo por escrito, assinado e tudo com calendário de regularização, mas nunca cumprem. O último agora era para ter regularizado tudo em novembro, estamos em janeiro e nada ainda e ainda teve a segunda parcela do décimo que ninguém recebeu", detalha com exclusividade ao O POVO

Conforme a entidade, os atrasos nos pagamentos são generalizados, mas ocorrem em diferentes intensidades. Entre os relatos colhidos pelo sindicato há casos de funcionários há cinco e quatro meses sem pagamento do vale-alimentação, outros pelo mesmo período sem o vale-refeição. 

Em situação mais grave, existem funcionários que entraram de férias em outubro de 2021 e até a manhã desta segunda-feira, 3 de janeiro, não receberam o pagamento devido. "Nós pedimos desculpas aos passageiros, nossa intenção não é prejudicar ninguém, mas os funcionários simplesmente não têm mais como se sustentarem com tantos atrasos nos pagamentos", afirma Carlos. 

Em cobrança dos pagamentos atrasados, trabalhadores da empresa realizam paralisações em Fortaleza (CE), em Campo Grande (PB) e Feira de Santana (BA) na manhã desta segunda-feira, 3 de janeiro. A companhia respondeu aos funcionários afirmando que em breve enviará um novo calendário com datas de pagamento dos valores atrasados. 

"Eles fazem isso toda vez, mas nunca nada é resolvido de fato. Assim que esse calendário chegar, vamos conversar com os funcionários e eles é quem irão decidir se vão acreditar na empresa mais uma vez e voltar a trabalhar ou se irão manter a paralisação por mais tempo", detalha o presidente do Sinteti.

A entidade sindical destaca que as paralisações por cerca de duas horas nas atividades são realizadas há cerca de três meses como forma de aumentar a cobrança por uma resolução definitiva do problema.

"Nós já procuramos a Justiça, o Ministério Público, tudo, estamos nos sentindo completamente desamparados, porque ninguém resolve nada e uma empresa que não tem consideração pelos seus clientes, imagine como ela não age com os funcionários", finaliza Carlos. 

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