Aumento de preços afeta alimentação de 40,7 milhões das pessoas no Nordeste

O cenário de dificuldades e temor da expansão do contingente de pessoas vivendo com insegurança alimentar também se faz presente nas demais regiões do Brasil

O aumento generalizado de preços gera incertezas para as famílias brasileiras e impacta diretamente o consumo. No Nordeste, 40,7 milhões de pessoas relatam ter tido a alimentação afetada pelo encarecimento dos produtos alimentícios. Número representa 69% da população residente na Região com dificuldades em garantir o consumo de alimentos.

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A alta tem forçado mudanças nos hábitos de consumo em maior ou menor grau. Porém, para aqueles com as menores renda, tem se traduzido na impossibilidade de consumo de itens de primeira necessidade, como alimentos e produtos de higiene.

Os dados são estimativas pesquisa Radar Febraban divulgada nesta terça-feira, 28 de dezembro, uma parceria entre o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O levantamento contou com a realização de 3 mil entrevistas entre os dias 19 a 27 de novembro para consolidação das informações.

Com a dificuldade em garantir a alimentação e o abastecimento do lar, a maior preocupação dos nordestinos com a inflação é o risco de novos aumentos nos produtos alimentícios. Na sequência, 37% da população do Nordeste sente impactos diretos em suas rotinas diante do aumento de preço dos combustíveis.

Diante do contexto adverso, a maioria (36%) dos moradores do Nordeste afirma que comprariam imóveis caso tivessem alguma renda extra, outros 21% da população iriam investir em educação para si mesmos ou para suas respectivas famílias.

O cenário de dificuldades e temor da expansão do contingente de pessoas vivendo com insegurança alimentar também se faz presente nas demais regiões do Brasil. No Norte do País, 71% da população afirma ter tido a alimentação impactada em algum grau pela inflação este ano. Na região Sudeste o percentual atinge o patamar de 70% da população enquanto no Sul é de 67%.

O Centro-Oeste por sua vez é a região com menor percentual de impacto da inflação sobre os alimentos, mas ainda assim, o contingente de pessoas que tiveram a alimentação afetada pela alta de preços nos produtos alimentícios na região é de 64% da população total.

“A pesquisa mostra que a inflação volta a ter um peso relevante na opinião pública, à medida que afeta diretamente na compra e na qualidade de vida da população”, explica o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Ipespe.

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