Ceará lidera ranking de competitividade no Nordeste, diz estudo

Educação, Inovação e Capital Humano investigados no Estado foram destaque do ranking elaborado pelo Centro de Lideranças Públicas em parceria com a Tendências Consultoria e Seall

O desempenho em Educação, Inovação e Capital Humano entre 2020 e 2021 mantiveram o Ceará como a unidade da federação mais competitiva do Nordeste ao somar 45 prontos no Ranking de Competitividade dos Estados 2021. O estudo elaborado pelo Centro de Lideranças Públicas (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria e Seall destaca os três indicadores como os de melhor resultado entre os nove estados nordestinos investigados no período.

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“Já não é novidade que o Ceará é um dos melhores do país quando o assunto é Educação. O Estado ocupa a 5ª colocação neste pilar específico do ranking deste ano, além de evolução significativa no pilar de Sustentabilidade Ambiental, saltando da 14ª para a 11ª posição. Outros dois pilares que performaram bem são Inovação e Capital Humano. O estado subiu quatro (14ª) e seis posições (16ª), respectivamente”, destaca o relatório.

Com o resultado, o desempenho cearense esteve acima dos demais, que foram classificados da seguinte forma: Alagoas (44,5 pontos), Paraíba (43,6), Pernambuco (42,5), Bahia (37,9), Piauí (35,3), Sergipe (36,2), Rio Grande do Norte (35) e Maranhão (33,2).

Perdas em Solidez Fiscal e Segurança Pública

Todos os estados do Nordeste estiveram fora dos dez mais competitivos do País. O Ceará, que ocupava a 10ª posição em 2020 caiu duas casas em 2021 devido aos indicadores Solidez Fiscal e Segurança Pública.

“Para se ter uma ideia, o Estado caiu quatro (8ª) e cinco (15ª) colocações, respectivamente. Em 2020, o Ceará foi o único estado do Nordeste que figurou no top-10 do levantamento”, diz o texto de divulgação do estudo, comparando os resultados.

A promoção da competitividade e a melhoria da gestão pública investigada no estudo acontece há dez anos consecutivos e avalia 86 indicadores distribuídos em 10 pilares temáticos: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.

Avaliação mais profunda

Medido, antes, em 73 indicadores, o estudo do CLP com a Tendências conta com novas camadas adaptadas aos parâmetros ESG e ODS, além de referências internacionais dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Do inglês Governança Ambiental, Social e Corporativa, os parâmetros ESG avaliam sob aspectos ambientais e sociais a cultura de empresas e governos, da mesma forma que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

“O Brasil às vezes perde tempo com inimigos imaginários ao invés de enfrentar os problemas reais, que se apresentam todos os dias na vida das pessoas. É desse mundo real que trata o Ranking de Competitividade dos Estados. Nesta décima edição vai ficar ainda mais evidente que um governo competitivo é aquele que usa indicadores e metodologias para planejar, priorizar e executar políticas públicas sustentáveis, sobretudo com o novo recorte das nossas camadas ESG e ODS”, afirma Tadeu Barros, diretor de Operações do CLP, em nota.

Confira o desempenho de cada estado:

Ceará

O estado caiu duas posições e saiu do grupo dos dez mais competitivos, figurando agora na 12º posição. Ainda assim, segue como o mais bem colocado do Nordeste. Contribuiu para a piora de posição do Estado a queda de quatro posições no pilar de Solidez Fiscal em relação ao ano passado. Com isso, o Estado passou a ser o oitavo neste pilar. Já no pilar de Segurança Pública, o Estado que tinha avançado seis posições em 2020 caiu cinco e agora ocupa a 25º colocação.

Apesar de registrar pioras significativas, o Estado subiu uma posição no pilar de Sustentabilidade Social, e agora é o 14º do país neste pilar. Também conseguiu melhorar quatro posições no pilar de Inovação, saindo da 18ª para a 14ª colocação neste pilar.

Paraíba

Caiu uma posição em relação ao ano passado e agora figura na 14ª colocação do Ranking. Contribuiu para este desempenho a perda de sete posições no pilar de Sustentabilidade Ambiental (17º lugar) e de três no pilar de Solidez Fiscal (16º lugar). O Estado ainda perdeu uma posição no pilar de Segurança Pública e agora figura em 6º lugar neste pilar.

Alagoas

O Estado ganhou duas posições no Ranking Geral, saindo do 15º para o 13º lugar neste ano. Contribuiu para o bom desempenho, a melhoria de dezesseis posições no pilar de Capital Humano (5ª colocação) e de três posições em Segurança Pública (11ª colocação). Contribuiu para essa melhoria o avanço de nove posições no indicador de Atuação do Sistema de Justiça Criminal, que leva em conta a população presa por homicídio em relação ao total de homicídios no Estado. O Estado também diminuiu duas posições no indicador de presos sem condenação em relação ao total de presos.

Pernambuco

Após dois anos estagnado na 17ª posição, o Estado subiu duas posições neste ano e passou a figurar na 15ª colocação. O bom desempenho foi puxado pela melhoria nos pilares de Segurança Pública, no qual o estado subiu uma posição e agora está em 23º lugar; Sustentabilidade Ambiental, no qual subiu quatro posições chegando ao 14º lugar; e no pilar de Educação, no qual subiu duas posições e agora é o 11º do país neste pilar. Por outro lado, Pernambuco perdeu duas posições em Solidez Fiscal (21º lugar) e duas em Infraestrutura (9ª colocação).

Bahia

O Estado se manteve na mesma colocação do ano passado, 18ª no Ranking Geral, interrompendo dois anos de melhorias seguidas em sua posição no Ranking. Ainda assim, o Estado conseguiu melhorar uma posição no pilar de Segurança Pública (24ª colocação) e três em Educação (20º lugar). Por outro lado, perdeu quatro posições em Solidez Fiscal (12º colocação) e quatro em Infraestrutura (19ª colocação).

Rio Grande do Norte

O Estado caiu duas posições em relação ao ano passado e agora está no 22º lugar. Pesou para o resultado a piora de três posições no pilar de Infraestrutura (13ª colocação) e de sete posições em Sustentabilidade Ambiental (23ª colocação). Ainda assim, o Estado conseguiu importantes avanços ao subir três posições no pilar de Eficiência da Máquina Pública (18ª colocação) e três em Segurança Pública (18ª colocação). Ficou ainda estagnado na 16ª posição no pilar de Educação e na 16ª em Sustentabilidade Social, mesmas posições do Ranking de 2020.

Sergipe

O Estado conseguiu avançar uma posição e chegar à 21ª colocação no Ranking, graças, em grande parte à melhora de cinco posições no pilar de Segurança Pública (21ª colocação) puxada pela melhoria de vinte posições no indicador de Qualidade de Informação de Criminalidade, que mede a qualidade dos registros estatísticos de mortes oficiais. O Estado também conseguiu avançar duas posições em Infraestrutura (12ª colocação).

Maranhão

Neste ano, o Estado permaneceu da 23ª colocação, a mesma de 2020. O Estado conseguiu melhorar três posições no pilar de Infraestrutura (20ª colocação); duas posições em Eficiência da Máquina Pública (20ª colocação) e três em Potencial de Mercado (11ª colocação). Por outro lado, teve uma queda de nove posições no pilar de Segurança Pública (13ª colocação), de duas no de Solidez Fiscal (19ª colocação) e também uma piora de duas posições no pilar de Sustentabilidade Social, o que colocou o Estado de volta à última colocação neste quesito.

Piauí

O Estado foi o que mais subiu posições no Ranking deste ano, saindo do penúltimo lugar (26ª colocação) em 2020 para a 20ª nesta edição. Contribuiu para este desempenho o crescimento de 14 posições no pilar de Solidez Fiscal (9ª colocação) e de dez posições em Capital Humano (14ª colocação). O Estado ainda conseguiu avançar seis posições em Potencial de Mercado (15ª colocação). Contribuiu para o bom desempenho o fato de o Estado ter avançado 25 posições no indicador de Resultado Primário, que mede a diferença entre a receita primária e a despesa empenhada no ano. Com isso o Estado passou a ser o segundo melhor do país neste indicador. O Piauí ainda conseguiu melhorar vinte posições no indicador de Poupança Corrente, e hoje é o sétimo melhor Estado neste indicador.

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