Calendário de semeadura de soja passa a ser obrigatório no Ceará e mais 19 estados

O objetivo é racionalizar o número de aplicação de fungicidas e reduzir os riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estabeleceu um calendário de semeadura de soja referente à safra 2021/2022, que deverão ser seguidos pelos estados produtores em todo o País. A medida fitossanitária visa racionalizar o número de aplicação de fungicidas e reduzir os riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi às moléculas químicas utilizadas no controle desta praga. No Ceará, o calendário vai de 16 de setembro deste ano a 3 de fevereiro de 2022. 

 

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Até então, o calendário de semeadura da soja era estabelecida somente nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Tocantins. 

Com a Portaria nº 389, passa a ser obrigatória também, a partir desta safra, nos estados do Ceará, Acre, Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e São Paulo.

Ao todo, serão 20 unidades da federação com período determinado para início e final do plantio. Os calendários foram estabelecidos a partir das sugestões de Agências Estaduais de Defesa Agropecuária e do Zoneamento Agrícola de Risco Climático, ajustados em função das condições peculiares de cada região produtora.

“Os ajustes foram efetuados pela coordenação nacional do PNFS, que identificou a necessidade de ampliação da coleta de dados que amparem a delimitação dos diferentes períodos dos calendários de semeadura, assim como o seu efetivo impacto nos resultados pretendidos do programa”, explica a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro.

Segundo a coordenadora, o objetivo é que a medida seja implementada de forma orgânica e gradual, permitindo que os períodos subsequentes sejam estipulados de forma coerente com o contexto de cada região produtiva, em especial no que se refere às características edafoclimáticas, às práticas de manejo adotadas na prevenção e controle da praga e os resultados dos monitoramentos relativos à sua ocorrência em cada ano agrícola.

A Ferrugem Asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, e considerada uma das mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico. Nas diversas regiões geográficas onde a ferrugem asiática foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.

 

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