Ceará é prioridade nos investimentos em hidrogênio, diz presidente da Qair

Em entrevista ao jornalista Jocélio Leal, na Rádio O POVO CBN, Armando Abreu afirmou que existem planos de investimentos no Pecém e em Suape, mas Ceará deve receber preferência

O presidente do Grupo Qair Brasil, Armando Abreu, afirmou nesta quarta-feira, 16, que o Ceará tem "prioridade absoluta" no aporte de investimentos para produção de hidrogênio da gigante de energia no País. "Como cearense importado de Coimbra, a minha prioridade absoluta vai ser sempre o Ceará", respondeu quando foi perguntado se haveria disputa entre Ceará e Pernambuco. A companhia também possui negociações com o governo pernambucano e o Porto de Suape.

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Armando detalhou que o objetivo da Qair Internacional é propiciar a geração de 10 GW de hidrogênio ao redor do mundo até 2030. Então serão aproveitados os potenciais de diversas regiões, dando prioridade ao Brasil. "Não são projetos de agora. Trabalhamos com muita discrição, há dois anos, e só agora, por razões variadas, estão sendo divulgadas", afirmou o executivo em entrevista ao jornalista Jocélio Leal, na Rádio O POVO CBN.

O entendimento do presidente da Qair é que os dois projetos avancem e, até o início de 2022, haverá o momento de tomar a decisão de investimento. "Tudo vai depender em investimentos em infraestrutura."

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Interesse francês no hidrogênio

A Qair Brasil é controlada pela francesa Qair Internacional, empresa que, juntamente com o governo francês e um grupo de empresas do setor de energia, estão desenvolvendo a política de hidrogênio da França.

Armando destaca que os franceses, a partir de 2018, foram lideranças desse processo de mudanças da matriz energética na comunidade europeia, junto da Alemanha.

"Nós sabemos que hoje temos um objetivo claro de descarbonização ligado às mudanças climáticas até 2030, implementar 86 GW de hidrogênio na Europa. Desses 86 GW, 6 GW estão em construção em pequenas plantas, 40 GW seriam produzidos na Europa até 2030 e os outros 40 GW seriam importados do mundo inteiro", detalha.

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O interesse francês no Brasil e, especialmente, no Ceará, se dá pelo potencial de produção em energia limpa e o potencial do Porto do Pecém.

"Por um lado, pelos termos do potencial eólico e solar, que é evidente e traduzido hoje pelos inúmeros complexos de produção de energia. E, por outro lado, pela condição privilegiada do Porto do Pecém e o excelente trabalho do Governo do Estado e a administração do Complexo do Pecém têm desenvolvido, colocam o Ceará numa posição privilegiada", afirma.

A Qair pretende instalar até 2030 cerca de 2240 MW de produção de hidrogênio. E produção de hidrogênio verde e também de hidrogênio azul. É um projeto a ser dividido em quatro fases, de 540 MW cada. A principal fonte de produção da Qair será o parque eólico offshore que está sendo desenvolvido no litoral de Acaraú (de 1,2 GW de capacidade, que pode ser dobrada, e investimento de US$ 2,4 bilhões).

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