Perdas do comércio em 2020 chegaram a 5,8% no Ceará

Dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira, 10, mostraram também que apesar de dois meses de crescimento consecutivo, o volume de vendas voltou a cair em dezembro (3,3%)

Em dezembro de 2020, o volume de vendas do comércio varejista no Ceará caiu 3,3%, na série com ajuste sazonal, após ter crescido 0,4% em novembro. É a queda mais intensa para um mês de dezembro de toda a série histórica, iniciada em 2000. No acumulado do ano, as perdas chegaram a 5,8%, no maior declínio dos últimos quatro anos.

Por outro lado, ante igual período de 2019, a pesquisa mostra que houve crescimento de 3,3% e é a sexta taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio foram divulgados nesta quarta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A pesquisa mostrou que o Estado está com mais dificuldade para se recuperar das perdas impostas pela pandemia. O Brasil, apesar de resultado negativo no mês de dezembro (-6,1%), no acumulado do ano, conseguiu fechar em alta de 1,2%.

No Ceará, no varejo ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas caiu 4,4% em relação a novembro. Mas está 4,2% maior do que igual mês do ano anterior. O acumulado do ano também ficou no vermelho (-5%).

Dos treze segmentos pesquisados, em apenas quatro houve crescimento nas vendas em 2020: material de construção (5,8%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (5%); hipermercados e supermercados (3,8%); e hipermercados e supermercados, incluindo produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,8%).

Já dentre os segmentos que tiveram maior dificuldade de recuperação, destaque para tecidos, vestuário e calçados que registrou queda de 22,6% no volume de vendas. Em seguida, aparecem eletrodomésticos (-21,8%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-19%).

Apesar da queda no volume de vendas do comércio no Ceará, de modo geral, o impacto no faturamento não foi na mesma proporção. Em 2020, a receita nominal de vendas do varejo foi 1º menor do que no acumulado do ano anterior. Quando se observa o comércio varejista ampliado constata-se uma estabilidade em relação ao ano anterior (-0,1%).

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