Governo Biden traz grandes oportunidades para o Ceará, avalia Conselho Regional de Economia

Economistas projetam que gestão do governo democrata dos Estados Unidos ofereça oportunidades que poderão impactar positivamente a economia cearense

A gestão do recém-empossado presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden (Partido Democrata), tem gerado expectativas para a injeção de novos investimentos no Ceará. Em transmissão ao vivo nas redes sociais promovida nesta terça-feira, 9, pelo Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), a vice-presidente da entidade, Silvana Parente, e o conselheiro federal de economia, Lauro Chaves Neto, avaliam que os investimentos anunciados por Biden em energias renováveis podem ser captados pelo Ceará.

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Conforme pontua Chaves Neto, uma série de fatores pode fazer o Ceará se destacar para conseguir esses investimentos internacionais. Um deles é a localização geográfica do Estado, que se configura mais próximo dos Estados Unidos do que estados do sudeste e sul do Brasil, por exemplo. Além da localização, a estrutura “moderna” dos portos de exportação do Ceará também se destacam, avalia o conselheiro.

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Segundo analisam os especialistas, o novo governo de Biden irá prezar pela agenda ambiental. Logo no primeiro dia da posse, o presidente democrata assinou termo que colocou de volta os Estados Unidos no Acordo de Paris. O texto tem como principal objetivo reduzir as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aumento médio de temperatura global. Durante a assinatura, Biden prometeu colocar os Estados Unidos no caminho do saldo zero em emissões de gases de efeito estufa até 2050.

Ainda durante a campanha presidencial, Joe Biden havia anunciado, como promessa de gestão, plano para gastar US$ 2 trilhões em energias renováveis durante o mandato. As medidas visam combater as taxas de poluição que geram mudanças climáticas. Como o Ceará faz parte dos principais centros brasileiros produtores de energia limpa, além de produtor de equipamentos para essa indústria, a aposta é que os cearenses sejam beneficiados com o pacote de investimentos e consigam atrair novos negócios para o Estado.

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Antes de ser eleito, o então candidato democrata ameaçou a relação econômica com o Brasil por conta da falta de medidas para frear o desmatamento da Amazônia. "Se não parar (o desmatamento), vai enfrentar consequências econômicas significativas", disse o então candidato Joe Biden. A princípio, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) refutou a fala com ataques, mas após a eleição do democrata, enviou carta ao presidente americano em que diz que o Brasil está pronto para continuar parceria em prol da proteção do meio ambiente.

Conforme sugere o professor Chaves Neto, discursos ideológicos podem ser fortes no discurso político, mas, no final, os negócios podem falar mais alto. “Os negócios empurram a política. O mundo econômico empurra muito as negociações políticas, vai chegar uma hora que o Itamaraty, independente dos ministros, sentirão a necessidade de se inserir nas cadeias do Biden”, ressalta.

O professor conclui que a nova gestão da Casa Branca americana poderá então oferecer mais oportunidades do que ameaças para o Ceará. “Aqui temos um leque de opções muito importantes. Qualquer pequena parcela nesse movimento americano que a gente conseguir trazer para o Ceará vai trazer um impacto gigantesco”, conclui Chaves Neto.

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