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Após estiagem, produção agrícola cearense cresce 8,3% e atinge R$2,91 bilhões

A fruticultura foi o que alavancou o resultado estadual, segundo a Pesquisa Agrícola Municipal de 2019 do IBGE
11:58 | Out. 01, 2020
Autor Lais Oliveira
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Lais Oliveira Estagiária do O POVO Online
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Tipo Notícia

Retomando crescimento após período de estiagem, o valor da produção agrícola do Ceará atingiu R$ 2,91 bilhões em 2019, com um progresso de 8,3% em relação ao ano anterior. O resultado, alavancado pela fruticultura, coloca o Ceará na quinta posição no ranking do Nordeste.

Banana, tomate, maracujá, milho, feijão e castanha de caju foram as culturas que mais contribuíram para essa evolução. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 1º, na Pesquisa Agrícola Municipal de 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na avaliação de Regina Dias, supervisora das Pesquisas Agropecuárias do IBGE no Ceará, o crescimento do Estado foi notável apesar do cenário hídrico ainda limitado.

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"A gente teve cinco anos de seca. 2017 começou a melhorar, 2018 foi bem melhor, e em 2019, principalmente na parte noroeste do Estado, a situação hídrica estava muito melhor. O Ceará tinha a reserva hídrica de 34%”, comenta. A supervisora assinala que a fruticultura teve desempenho importante para o Estado.

Analisando os prognósticos realizados mensalmente pelo IBGE, Dias informa que esse crescimento era previsto já a partir dos resultados de 2018. “Isso já vinha sendo acompanhado. Foi exitoso dentro da conjuntura que vivemos do Estado ainda em situação hídrica baixa”, afirma.

Em área colhida o Ceará foi o quarto do Nordeste, em 2019, com 1,4 milhão de hectares. Mesma posição no ranking foi apontada em relação à área plantada. Entre 2018 e 2019 o Estado foi o que mais perdeu área colhida em extensão, uma redução de 103 mil hectares, o que representa uma queda de -7,1%.

Outro resultado de destaque estadual está no valor da produção cearense de maracujá, o maior do Nordeste (R$ 326 milhões) em 2019. Foi o segundo ano consecutivo em que o Estado atinge essa posição no ranking, detendo 27,5% do valor da produção nacional desse fruto. No que se refere à quantidade produzida, o Ceará tem uma participação de 24,5% da produção Brasil, sendo superado pela Bahia (28,4%).

Além disso, a produção de castanha de caju cearense é a maior do País, com 87 mil toneladas. O valor de produção também é líder nacional, com R$ 256 milhões. O segundo maior estado foi o Piauí, que produziu 21 mil toneladas.

Cinco produtos responderam por 91,0% das lavouras permanentes

 

Dos produtos das lavouras permanentes no Ceará, em 2019, a banana (31,0%), o maracujá (23,4%), a castanha de caju (18,0%), o coco-da-baía (11,3%) e o mamão (7,8%) respondem por 91% do valor da produção desse tipo de lavoura e por 44% do total das culturas do Estado.

Juntos eles somaram, aproximadamente, R$ 1,3 bilhão, um crescimento de 5% em relação a 2018. Considerando esses cinco produtos, no Nordeste, o Ceará é o segundo em valor da produção, a Bahia é o primeiro, com valor da produção de R$ 1,6 bilhão em 2019.

Em relação às lavouras permanentes, os municípios cearenses de Missão Velha, Limoeiro do Norte, Varjota, Itapipoca e Redenção são os maiores produtores de banana, conforme o levantamento do IBGE. A pesquisa ainda revelou que Viçosa do Ceará é o maior município do Estado na produção de maracujá, seguido de Tianguá, Ubajara, Ibiapina e Guaraciaba do Norte.

Já na produção de castanha de caju, Bela Cruz, Beberibe, Ocara, Cascavel, Aracati e Aracati são os maiores. Enquanto isso, segundo o IBGE, Paraipaba, Trairi, Acaraú, Itarema, e Beberibe apresentam as maiores produções de coco-da-baía.

Por fim, na produção de mamão Varjota, Quixeré, Icapuí, Aracati e Limoeiro do Norte são os destaques estaduais.

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