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Carrefour adota limite de itens comprados por clientes devido à alta nos preços de alguns produtos

Medida busca barrar a ação de estocagem por parte de alguns consumidores e garantir a disponibilidade dos produtos para um maior número de pessoas

A rede multinacional de supermercados Carrefour passou a implementar, no Brasil, um limite na quantidade de produtos comprados por cada cliente. A restrição afeta produtos que fazem parte da cesta básica brasileira e que tiveram uma grande alta nos preços nos últimos meses em razão da pandemia de coronavírus. Medida busca barrar a ação de estocagem por parte de alguns consumidores e garantir a disponibilidade dos produtos para um maior número de pessoas.

O POVO procurou a assessoria de comunicação do grupo para questionar sobre como se daria a limitação. Em resposta, a empresa destacou que os itens mais afetados deverão ser arroz, feijão, açúcar, leite e óleo, produtos fundamentais na cesta básica e que apresentaram inflação considerável. Apesar da ação, a empresa afirmou que estar empenhada em reduzir o impacto do aumento nos preços dos fornecedores para a população. "O Grupo Carrefour Brasil está mobilizado em todos os seus formatos para que itens essenciais da cesta básica estejam disponíveis para os brasileiros a preços justo", afirmou em nota. 

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A quantidade máxima de compra por cliente deverá ser informada ao cliente a partir do momento em que ele entre nas lojas, pois a restrição leva em conta a disponibilidade dos itens no estoque e rede de abastecimento de cada loja e região. Quando questionada sobre em quais unidades ou regiões do Brasil seriam afetadas pela restrição, a empresa destacou que o movimento de limitação será pontual, mas com efeito nacional, ocorrendo em todas as regiões do país, mas não em todas as lojas. 

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A empresa pontuou ainda que diante do aumento nos preços dos produtos diversos setores, como o econômico, o de varejo, o de produção e a gestão pública do país, deveriam se articular para garantir o mínimo de impactos negativos para os cidadãos, "buscando as melhores soluções em benefício dos brasileiros".

AUMENTO

Os itens de maior aumento são o óleo de soja com acréscimo de até 31,85%  no preço, o feijão preto (5%), leite (11,10%) carne (8,89%) e o arroz com acréscimo até 17,91%, as informações foram reveladas no dia 4 de setembro pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos. Apenas no Ceará, o aumento do arroz em um mês foi de 33%.

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Nesta quarta-feira, 9,buscando essa articulação, o presidente da Associação Brasileira de Supermercado (Abras), João Sanzovo Neto, se reuniu com entidades governamentais com o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), para tratar do aumento do número dos preços dos produtos.

Na última quinta-feira, 3, a Abras comunicou à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, sobre os reajustes de preços dos itens citados acima, com o intuito de buscar soluções junto a todos os participantes dessa cadeia de fornecedores dos produtos comercializados nos supermercados. Segundo a entidade, o aumento é fruto da intensificação das exportações do setor agrícola sem um balanceamento para o aumento da demanda interna do País, geradas pela pandemia de coronavírus.

“Reconhecemos o importante papel que o setor agrícola e suas exportações têm desempenhado na economia brasileira. Mas alertamos para o desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado interno para evitar transtornos no abastecimento da população, principalmente em momento de pandemia do novo Coronavírus”, alertou em nota a entidade. Bolsonaro chegou a pedir que os supermercados baixassem os preços por “patriotismo”. 



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