Confiança de serviços sobe em agosto ante julho e vai a 85 pontos, diz FGV
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 6,6 pontos na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal, alcançando 85 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Após quatro meses consecutivos de altas, o índice ainda permanece abaixo do nível de fevereiro, no pré-pandemia, quando estava em 94,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o ICS subiu 8,2 pontos em agosto.
"Em agosto, a confiança de serviços segue a trajetória de recuperação. Apesar da alta, a velocidade dessa retomada tem se mostrado mais lenta que nos demais setores da economia. O resultado positivo desse mês foi influenciado tanto pela melhora da percepção com o momento presente quanto das expectativas. A confiança dos empresários de serviços tem evoluído junto com as medidas de flexibilização, mas alguns segmentos ainda encontram obstáculos e a elevada incerteza dificulta a projeção de um cenário mais otimista no curto prazo", avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 5,8 pontos em agosto, para 76,8 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-S) cresceu 6,2 pontos, para 93,5 pontos.
O componente que mede as expectativas de contratação das empresas do setor de serviços subiu a 78 pontos em agosto, recompondo cerca de 82,6% da queda registrada em abril, quando atingiu o piso histórico de 42,3 pontos. No fim do ano passado, em dezembro de 2019, o componentes estava em 94,6 pontos, mas permanecia em tendência de queda desde o início de 2020.
Segundo a FGV, "a acomodação das expectativas ante o novo cenário econômico afetado pela pandemia e a posterior flexibilização das medidas de distanciamento social" explicam a melhora na perspectiva das empresas quanto à empregabilidade no setor para os próximos meses.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços aumentou 1,3 ponto porcentual em agosto, para 81,8%, o segundo mês consecutivo de crescimento.
A coleta de dados para a edição de agosto da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.533 empresas entre os dias 3 e 25 do mês.
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