Participamos do

Alimentos sobem em março com as famílias em quarentena; veja como economizar

A variação média dos preços de 20 itens básicos presentes na cesta saltou de 0,19% no início de março, para 1,64% no dia 26 deste mês
12:54 | Mar. 31, 2020
Autor Redação O POVO
Foto do autor
Redação O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

A pandemia do novo coronavírus, que mudou a paisagem de cidades do Brasil e do mundo, provocou rápida mudança nos hábitos de compra dos brasileiros. Com as famílias mais tempo em casa, houve aumento da busca por alimentos nos mercados. Segundo coleta de preços feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), a variação média dos preços de 20 itens básicos presentes na cesta saltou de 0,19% no início de março, para 1,64% no dia 26 deste mês.

"Dois pontos principais explicam o avanço dos preços. Além do aumento da demanda por alimentos, pois todas as refeições estão sendo feitas em residência, houve aumento da estocagem de alimentos por receio de que o vírus se propague mais e expanda o período de confinamento social", analisou o economista André Braz, coordenador do IPC do FGV IBRE e responsável pelo estudo.

O arroz, que havia subido 1,17%, variou em 1,74%. O feijão carioca passou de -2,16% para um aumento de 0,58%, e o feijão preto foi de queda de 2,61% para aumento de 2,24%. Ovos (de 5,04% para 9,04%) e carnes bovinas (de -2,31 para 0,25%) também registraram acréscimos. Já o frango inteiro caiu de -1,47 para -2,20%.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Leia também | Desemprego sobe para 11,6% e atinge 12,3 milhões de trabalhadores no Brasil

De acordo com Braz, os serviços delivery em operação servem como alternativa para as famílias, mas o nível de preços da alimentação preparada fora de casa e maior que o da refeição preparada em residência. "Como o orçamento de várias famílias foi afetado pela paralização do comércio e dos serviços, muitas delas não dispõem de renda para arcar com os custos da alimentação fora de casa", resumiu.

Consumo responsável

O economista aponta que é natural que os preços subam um pouco, já que são definidos pelo equilíbrio entre oferta e demanda. "Tem famílias que vão ao supermercado e compram demais, aí acaba faltando para as outras que não estão fazendo essa compra antecipada, ou porque não têm dinheiro ou porque tem consciência de que outras pessoas vão precisar também", avaliou.

Braz dá algumas dicas de como as famílias podem ajudar na economia e no controle dos preços, para que todos passem por esse período com um pouco mais de tranquilidade.

1 -- Planeje as suas compras. Como o objetivo é circular menos, vale se programar para ir ao mercado uma vez por semana;
2 -- Pesquise os preços pela internet e escolha o mercado que ofereça as melhores opções e preços, de acordo com a sua cesta de compras;
3 -- Leve uma lista com tudo o que precisa;
4 -- Não compre em excesso, mas o que for necessário para uma semana. Lembre-se de outros também vão precisar e que faltando os preços aumentam;
5 -- Por fim, é uma fase que vai passar com mais tranquilidade se fizermos também nossa parte.

Veja os aumentos

O economista aponta que é natural que os preços subam um pouco, já que são definidos pelo equilíbrio entre oferta e demanda
O economista aponta que é natural que os preços subam um pouco, já que são definidos pelo equilíbrio entre oferta e demanda (Foto: FGV)

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar