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Gasto com energia elétrica em Fortaleza e RMF impacta alta da inflação

A queda no preço da energia elétrica nas demais regiões reduziu os gastos das famílias em fevereiro, todavia
15:59 | Mar. 11, 2020
Autor Lucas Braga
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Lucas Braga Repórter do O POVO Online
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Tipo Notícia

As regiões metropolitanas de Fortaleza e Vitória (ES) foram as duas únicas onde não houve redução das tarifas de energia elétrica, dentre as dez regiões contempladas na pesquisa para cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira, 11.

Em Vitória, a alta nas contas de luz foi de 2,32% e, em Fortaleza, de 0,25%. A queda no preço da energia elétrica nas demais regiões reduziu os gastos das famílias no quesito “Habitação”, em fevereiro, todavia. O grupo teve um recuo de 0,39%, com impacto de -0,06 ponto percentual sobre a inflação, após uma alta de 0,55% em janeiro.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o item energia elétrica encolheu 1,71%, com contribuição de -0,08 ponto porcentual para o IPCA de fevereiro, em função da entrada em vigor da bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.

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Por outro lado, o gás encanado subiu 0,18%, decorrente de reajustes no Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo.

Inflação em Fortaleza

 

A inflação da Região Metropolitana de Fortaleza foi 0,8% em fevereiro, o maior resultado do País entre regiões consideradas para cálculo do IPCA. O resultado ficou quase três vezes acima da taxa de janeiro, que foi de 0,28%. 

O IBGE atribuiu a alta expressiva aos reajustes da Educação praticados no início do ano. No acumulado do ano, a inflação acumula 1,08% e, nos últimos 12 meses, o IPCA registrou 5,25%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta em fevereiro. O principal destaque é o grupo “Educação”, que apresentou a maior variação (5,02%).

Segundo Pedro Kislanov, gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE, o reajuste das mensalidades escolares está em linha com o comportamento sazonal e mantém patamar de alta semelhante para meses de fevereiro desde 2018.

Inflação oficial do País

 

O IPCA de fevereiro teve alta de 0,25%, depois de variar 0,21% em janeiro. Foi o menor resultado para um mês de fevereiro desde 2000, quando o índice foi de 0,13%.

Nos últimos 12 meses, acumulou alta de 4,01%, abaixo dos 4,19% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Assim, está praticamente no centro da meta de 4% perseguida pelo Banco Central este ano. 

Passado o choque de preços, as carnes ficaram mais baratas em fevereiro, depois de já terem recuado em janeiro. Os preços das carnes caíram 3,53% em fevereiro, após uma queda de 4,03% em janeiro. 

A diminuição dos preços ajudaram a puxar para baixo a inflação nacional. O item deu a maior contribuição negativa para a inflação do último mês: -0,09 ponto porcentual. O grupo "Alimentação e bebidas" saiu de uma taxa de 0,39% em janeiro para 0,11% em fevereiro, uma contribuição de 0,02 ponto porcentual. Nos dois primeiros meses do ano, as carnes ficaram 7,42% mais baratas.

A alimentação fora do domicílio subiu 0,22% em fevereiro, ante um aumento de 0,82% em janeiro. A refeição ficou 0,35% mais cara em fevereiro.

O IPCA é medido em famílias com renda de um a 40 salários mínimos. Em dez regiões metropolitanas (Fortaleza, Belo Horizonte, Recife, Vitória, São Paulo, Belém, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro), em Brasília, e nos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

Com informações da Agência Brasil, Agência Estado e Agência IBGE Notícias

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