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Presidente do BC: Inflação deve atingir o centro da meta em 2017

Alexandre Tombini, à frente do Banco Central, defendeu que o Brasil não está vivendo situação de "dominância fiscal", diferente do que analisam alguns especialistas.

12:03 | 15/12/2015
O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reforçou na manhã desta terça-feira, 15, que espera atingir o centro da meta de inflação em 2017. O anúncio foi feito durante audiência pública no Senado Federal.

Diferente do discurso feito no último dia 10, em que assegurava que o BC levaria a inflação o mais próximo possível do centro da meta (4,5%) em 2016, Tombini disse que a alta dos preços no próximo ano ficará dentro do limite (6,5%).

A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, está em 10,61%. Para 2016, a estimativa para o IPCA é 6,80%, acima, portanto, do teto da meta.

No discurso aos senadores, o presidente rebateu avaliações de analistas de que o Brasil estaria vivendo situação de “dominância fiscal”, que é quando a ação do BC para controlar a inflação torna-se ineficaz diante das dificuldades fiscais do país.

Tombini disse que uma versão dessa tese diz que a deterioração fiscal, causada pelo aumentos na taxa de juros, provocaria elevação nos prêmios de risco de investimentos e alta do dólar adicional, aumentando a inflação em vez de reduzir.

Para ele, os desequilíbrios atuais na área fiscal não são permanentes e não são vistos como tal. “As próprias previsões dos analistas econômicos são de elevação do superávit primário [economia para o pagamento de juros da dívida pública] e redução do déficit nominal [receitas menos despesas, incluídos gastos com juros] ao longo dos próximos anos, com relativa estabilidade da dívida líquida do setor público a partir de 2017”, enfatizou.

Redação O POVO Online, com Agência Brasil
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