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Premiê chinês promete acelerar gastos sociais

20:17 | 17/03/2013
O novo primeiro-ministro da China, Li Keqiang, prometeu acabar com a burocracia e dar continuidade as reformas orientadas pelo mercado e, ao mesmo tempo, acelerar os gastos sociais e combater a poluição. Li deu poucos detalhes sobre como pretende atingir tais metas.

Em sua primeira entrevista para a imprensa, Li afirmou que a China irá apoiar-se na contínua migração das pessoas do campo para as cidades para fortalecer o consumo doméstico, e tornar a economia menos dependente dos investimentos domésticos e das exportações. Seu antecessor, Wen Jiabao, fez promessas semelhantes, mas avançou pouco no reequilíbrio da economia.

Li, de 57 anos, disse também que o governo deveria dar mais espaço para aos mercados, incluindo a permissão para que os executivos do setor privado tenham as mesmas condições que as empresas estatais. Nas finanças, o mercado deveria ter um papel maior no estabelecimento das taxas de juro e câmbio, as companhias, maior acesso ao financiamento por meio dos mercados de bônus e de ações, disse.

A entrevista anual para a imprensa do primeiro-ministro é o único momento em que o público chinês pode ver o líder da segunda maior economia do mundo respondendo a perguntas da mídia, mesmo que as perguntas e as respostas sigam um roteiro.

Ontem, um novo gabinete foi aprovado pelo Congresso Nacional do Povo. Zhou Xiaochuan foi mantido no posto de presidente do Banco do Povo da China, o banco central, mesmo tendo atingido a idade de 65 anos, em que normalmente se aposentam os ocupantes de posições de nível ministerial como a dele. A decisão foi interpretada como um sinal de que Pequim deseja manter a mesma direção das reformas de Zhou.

Lou Jiwei, atualmente presidente do fundo soberano, foi indicado para ministro das finanças; e Xu Shaoshi, atual ministro da terra e recursos primários, será o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, a agência de planejamento econômico do país. Essas mudanças são parte de uma ampla reestruturação nos postos do governo sob a liderança de Li e do presidente do Partido Comunista, Xi Jinping, que foi ratificado pelo Congresso como presidente da China. As informações são da Dow Jones.

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