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Petrobras negocia venda de refinaria no Japão

09:14 | 23/03/2013
Com um plano de desinvestimento de US$ 9,9 bilhões, a Petrobras já tem um comprador para a refinaria Nansei Sekiyu, em Okinawa, no Japão. A operação chegou a avançar, mas teve que ser suspensa porque a licença de funcionamento da unidade estava vencida, o que a Petrobras está resolvendo.

A refinaria é um dos ativos que a petroleira pretende se desfazer para reforçar seu caixa e, com isso, viabilizar seu pesado plano de negócios, que prevê investimentos de US$ 236,7 bilhões entre 2013 e 2017.

A unidade de Okinawa foi comprada por cerca de US$ 50 milhões pela Petrobras, que não detalhou investimento nas instalações. O negócio tinha como objetivo aumentar a capacidade da estatal de refino no exterior.

A operação de Okinawa inclui a refinaria com capacidade de processar 100 mil barris de petróleo leve por dia, produzindo derivados de alta qualidade. Na época de aquisição, estava prevista ainda a utilização da capacidade de um terminal para impulsionar a negociação de biocombustíveis no mercado asiático.

Mas a aquisição do ativo aconteceu antes da crise financeira internacional que detonou problemas no setor sucroalcooleiro no Brasil, com redução na oferta de etanol para exportação.

Terminal

O terminal de petróleo e derivados tem capacidade para armazenamento de 9,6 milhões de barris, três píeres com potencial para receber navios de produtos de até 97.000 tbp e uma monobóia de carregamento para navios petroleiros de até 280.000 tbp.

A Petrobras e a TonenGeneral, subsidiária da ExxonMobil, concluíram em 1.º de abril de 2008 o acordo para a compra de 87,5% de participação societária na refinaria - chamada, na cidade, de Okinawa- pelo valor aproximado de US$ 50 milhões. A Sumitomo Corporation permaneceu com 12,5% da empresa, em sociedade com a Petrobras.

Em 1.º de abril de 2010, a Sumitomo Corporation informou à PIB B.V., subsidiária integral da Petrobras, o interesse de exercer o direito de venda de 12,5% das ações do capital da refinaria.

A Petrobras fez reserva sobre o valor de venda, mas a nota explicativa de um documento protocolado na Securities and Exchange Commision (SEC) mostra que, em 29 de setembro de 2010, o acordo de compra e venda das ações foi assinado e, em 20 de outubro de 2010, "o pagamento foi feito por R$ 49 (2.365 milhões de ienes)".

A transação com acionistas não controladores resultou numa redução de "R$ 18 no patrimônio líquido" atribuível aos acionistas da companhia, como contribuição adicional de capital.

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