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Itaú eleva projeção de IPCA para fechamento de março

19:21 | 08/03/2013
Em relatório distribuído nesta sexta-feira a clientes, o economista do Itaú Unibanco Elson Teles informa que o Departamento Econômico do banco elevou em 0,10 ponto porcentual a sua expectativa em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, de 0,45% para 0,55%. A revisão foi orientada, sobretudo, pelo aumento da inflação em fevereiro acima da previsão feita pela instituição. O IPCA de fevereiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou, fechou mostrando um aumento médio de 0,60% nos preços de bens e serviços no País. A expectativa do Itaú era a de que o índice encerrasse o período com alta de 0,48%.

Nominalmente, o IPCA de fevereiro desacelerou 0,26 ponto porcentual em relação à sua marca de 0,86% em janeiro. Mas no mercado, com raras exceções, as projeções eram de que a inflação de fevereiro ficaria abaixo da variação de 0,60%. O AE Projeções, por exemplo, tomou as previsões de 56 instituições financeiras e empresariais. O intervalo estabelecido foi de 0,36% a 0,63%, sendo que mediana ficou em 0,50% e a última projeção antes do teto foi de 0,56%.

"Com base no resultado do IPCA de fevereiro e de outras informações correntes, elevamos a projeção para março, de 0,45% para 0,55%. Confirmando-se este resultado, a taxa em 12 meses atingirá 6,67%", disse Teles, para quem o aumento nos preços da alimentação vem mostrando maior persistência, o que indica que a desaceleração na margem deve ser menor do que o esperado anteriormente. "Nossa projeção preliminar aponta alta de 1,1% para o grupo alimentação no final do mês", projeta o economista.

Teles ressalta que em termos desagregados, os preços livres subiram 1,13% em fevereiro, após alta de 1,20% em janeiro, com a taxa em 12 meses subindo para 7,9% de 7,2% até janeiro. Os preços administrados caíram 1,11%, após queda de 0,22% no mês anterior, com a taxa em 12 meses recuando para 1,5% (3,0% até janeiro). Os produtos não alimentícios do IPCA subiram 0,33%, ante 0,50% em janeiro, com a taxa em 12 meses recuando para 4,45% (4,66% até janeiro).

O grupo alimentação, diz o economista do Itaú Unibanco, apresentou variação de 1,45% em fevereiro ante 1,99% em janeiro, exercendo contribuição de 0,35 ponto porcentual. "Os destaques de alta entre os alimentos vieram dos itens: tubérculos, raízes e legumes; aves e ovos; farinha e massas; e alimentação fora do domicílio", lista Teles. Os grupos Educação (0,24 ponto porcentual) e Transportes (0,16 ponto) também exerceram impacto relevante no IPCA. "A alta da Educação refletiu os reajustes nas mensalidades dos cursos regulares praticados no início do ano letivo.

Já o grupo Transportes foi impactado, principalmente, pelo reajuste no preço da gasolina no final de janeiro. Por outro lado, o grande destaque de baixa veio do grupo Habitação, em função do desconto na tarifa de energia elétrica. "A redução de 15,2% nas contas de luz exerceu contribuição negativa de 0,48 ponto porcentual no IPCA de fevereiro", conclui Teles.

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