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Emprego formal na RMF mostra leve recuperação em fevereiro

De acordo com pesquisa do Caged, O resultado ficou acima da média obtida em janeiro, quando o número de desligamentos ficou em 36.058, superando, portanto, o número de admissões (32.237)

17:26 | 20/03/2013
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Durante o mês de fevereiro, o saldo líquido de empregos formais na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) foi de 2.383. O resultado ficou acima da média obtida em janeiro, quando o número de desligamentos ficou em 36.058, superando, portanto, o número de admissões (32.237). Entre desligados e admitidos em fevereiro, a pesquisa traz os respectivos resultados de 31. 452 e 29.069. Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

Apesar do resultado positivo alcançado no mês passado pela RMF, a pesquisa ainda aponta um saldo negativo de -1.207 postos para o acumulado do ano, onde o número de desligamentos (65.672) supera o de admissões (64.465). No Ceará, a exemplo da RMF, o número de postos de trabalho criados em fevereiro também foi positivo. O índice de admissões ficou em 41.244 contra 38.184 demissões.

Para Erle Mesquita, Coordenador de Estudos e Análises do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), o indicativo mais importante para o Ceará é o fato de que o número de empregos com carteira assinada tem se mantido, ainda que em ritmo gradual. Ele afirma que os três primeiros meses do ano tendem a ser menos favoráveis.

Entre as causas do saldo negativo no acumulado do ano, ele aponta a redução dos postos de trabalho principalmente em janeiro. “E o impactos das vagas fechadas no setor de comércio no mês de janeiro”, afirma Erle.

Setores
Entre os setores da RMF, os que obtiveram maior crescimento no número de vagas em fevereiro estão serviços (13.896) e indústria de transformação (6.315). Entre as baixas, estão o comércio, com saldo negativo de -691 para o mês. Na análise por estado, o Ceará registrou saldo de 3.060 entre 41. 244 admissões e 38.184 desligamentos. No acumulado do ano, o saldo negativo ficou em - 1.291 do montante de 85.154 desligamentos e 83.863 admissões.

Para Mesquita, o resultado alcançado pela indústria de transformação, sobretudo em relação ao saldo positivo mantido na RMF, pode ser observado desde 2011. “O setor tem peso expressivo, principalmente nos setores calçadistas e têxteis”.

Os grandes eventos, como a Copa das Confederações a ser realizada em junho, deve alavancar as perspectivas de geração dos postos tanto em Fortaleza quanto nas demais regiões do Brasil onde o evento ocorrerá. “Esses eventos conseguem uma redução de até 1 ponto percentual na taxa de desemprego no Brasil. E não apenas para o setor formal. Mas também ao informal”, coloca Erle.

Para o coordenador, entretanto, o grande desafio do País é fazer com que o emprego seja de longa duração. O alto número de demissões aliado aos períodos inferiores a um ano de emprego, compõem o cenário desse salto que o Brasil precisa dar. “Pois o tempo de emprego ainda é um dado preocupante”, ressalta Mesquita.

Daniel Silva

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