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Consumo de polietileno impulsiona demanda por resina

16:30 | 18/03/2013
O consumo doméstico de polipropileno (PP) e polietilenos (PE) foi o principal responsável pelo aumento da demanda local por resinas termoplásticas em 2012, aponta levantamento divulgado nesta segunda-feira pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O consumo aparente nacional (CAN) nos dois segmentos cresceu 4,5% e 3,5% em relação ao ano anterior, respectivamente. O CAN do País, incluindo todos os tipos de termoplásticos, cresceu 1,7%, praticamente recuperando a retração de 1,3% registrada no ano anterior.

O consumo de polipropileno totalizou 1,473 milhão de toneladas no ano passado e o de polietilenos, 2,319 milhões de toneladas. Os dois segmentos responderam por quase 65% do CAN total do País, que ficou em 5,893 milhões de toneladas no ano.

Em contrapartida à alta da demanda nos segmentos de PP e PE, a indústria brasileira amargou uma queda de 1,1% no consumo de PVC, 15,3% no consumo de EVA e 4,9% em PET, grau garrafa. Esses segmentos explicam a alta inferior a 2% registrada pelo indicador no ano. No segmento de poliestireno, o consumo cresceu 1,3% em 2012. O consumo per capita de resinas termoplásticas no Brasil ficou em 30 quilos por habitante em 2012, levemente acima de marca de 29,7 quilos do ano anterior.

Resinas

O CAN divulgado pela Abiquim é calculado a partir da soma da produção nacional e das importações, descontado o montante exportado. A produção de PE cresceu 7,4% no ano e atingiu 2,440 milhões de toneladas. A importação, por sua vez, encolheu 14%, para 670,3 mil toneladas. Já as vendas externas caíram 2,2% e somaram 791 mil toneladas.

No segmento de polipropileno, a produção cresceu 5,2% e somou 1,646 milhão de toneladas. As importações encolheram 9,2%, para 242,6 mil toneladas, e as exportações caíram 1,5%, para 415,3 mil toneladas. Ambos os segmentos têm a Braskem como única fornecedora instalada em território brasileiro.

A combinação de aumento de produção e redução dos importados nos dois segmentos contribuiu para que a participação das importações no consumo doméstico total caísse de 30% em 2011 para 25% em 2012. "Apesar da melhora dos volumes no ano passado, as empresas operaram com ociosidade elevada e ainda há uma forte pressão de importações, que acabam chegando ao Brasil como forma de desovar estoques de países concorrentes", ponderou em nota a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.

A produção total de termoplásticos no Brasil alcançou 5,719 milhões de toneladas em 2012, expansão de 6% em relação ao ano anterior. A importação encolheu 15,5% em igual comparação, para 1,463 milhão de toneladas, enquanto as vendas externas caíram 3% e somaram 1,289 milhão de toneladas.

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