As vendas no comércio varejista cearense em 2012 registraram indicadores de crescimento. Com aumento de 9,6% no volume de vendas, o setor superou a média nacional, cujo índice foi de 8,4%. No último trimestre do ano passado, o melhor resultado do comércio no Ceará foi registrado em novembro, quando o avanço foi de 13,2%. Os números foram divulgados nesta terça-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação aos índices de receita nominal do varejo cearense, ao longo de 2012, o estudo aponta crescimento de 10,9%. O valor, a exemplo do volume de vendas, superou a média nacional que fora de 9,5%. A maior elevação, nesse indicativo foi alcançada por Tocantins (15%). De acordo com o levantamento, estão incluídas aqui as de veículos e de material de construção, além daquelas que compõem o varejo.

O segmento de hipermercados supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou expansão no volume de vendas em 2012 de 8,4% em relação ao ano anterior. O resultado, segundo o IBGE, levou o semento a responder por 44,6% da taxa anual do varejo. Já para o varejo ampliado, as variações observadas em relação ao mês de novembro/12, com ajustamento sazonal, foram de 1,3% para o volume e de 1,1% na receita nominal de vendas.

Em relação ao índice de receita nominal de vendas, o comércio varejista cearense obteve crescimento de 13,9%. As vendas de veículos e motos, partes e peças registraram alta de 8,3%. Esse desempenho, segundo o IBGE, puxou o aumento de 1,3% no volume total vendido no comércio varejista ampliado.

Para Luiz Gastão, presidente da Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio), os indicadores da receita nominal de vendas estão relacionados a um conjunto de fatores. O aumento da receita das famílias, segundo ele, tende a estar ligado à inserção dos membros no mercado de trabalho, por exemplo.

Ele atesta que as vendas do setor automotivo foram impulsionadas principalmente pela redução do Imposto sobre produtos Industrializados (IPI). “Mas também em função da facilidade de crédito e a queda dos juros, que fizeram com que as pessoas fizessem novos financiamentos”, completa Gastão.

Nesse contexto, ele afirma que o varejo cearense tem mantido buscar seu ritmo de crescimento. O aumento no fluxo turístico do estado, bem como o volume dos empregos e os investimentos nas esferas públicas e privada, fazem parte dessa meta, diz Gastão.

Nacionais
Em relação aos resultados dos ajustes por Unidades de Federação, na comparação com novembro, apenas sete estados apresentaram variações positivas. Os principais acréscimos, segundo o estudo, foram registrados Rondônia (1,5%); Pará (1,3%); Santa Catarina (1,1%) e em Pernambuco (1,0%). Já na comparação do volume de vendas de dezembro de 2011 e o mesmo período do ano passado, cinco unidade apresentaram resultados negativos: Distrito Federal (-3,5%); Amazonas (-1,2%); Acre (-1,0%); Mato Grosso (-0,3%) e Minas Gerais com -0,2%.

Levando em consideração os resultados trimestrais, os números apontam desaceleração no crescimento das vendas na passagem do terceiro para o quarto trimestre do ano. Nesse sentido, a queda no varejo foi de 2,2% para 0,9%.