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Inflação de Fortaleza recua para 0,74% em fevereiro

Apesar do resultado, abaixo do registrado em janeiro (1,17), a inflação oficial da capital cearense segue acima da média nacional, que recuou de 0,88 em janeiro para 0,68 no mês de fevereiro

16:34 | 22/02/2013
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Prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Fortaleza recuou para 0,74% em fevereiro. Apesar da queda no índice inflacionário, que ficou abaixo da média de janeiro (1,17), o número ainda é superior à média nacional registrada neste mês (0,68). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 22, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em números gerais, Fortaleza registrou o quinto maior resultado entre as 11 capitais pesquisadas. Levando em consideração o valor acumulado em 12 meses, a capital cearense obteve a segunda maior alta com 8,27%, ficando atrás apenas de Belém (8,77%). Em todo País, a variação no referido período foi de 6,18%, estando, a exemplo do índice de fevereiro, abaixo da média de Fortaleza.

As contas de energia se destacaram no mês tendo Fortaleza apresentado uma redução de -12,11 na energia elétrica residencial. A tendência foi percebida em todo Brasil, cujo índice sofrera um recuo de -13,45%. Esse cenário, segundo o instituo pode refletir parte da diminuição de 18% no valor das tarifas em vigor a partir de 24 de janeiro.

Em relação às altas, os itens não-alimentícios permaneceram segurando a inflação da capital cearense. No item transporte público, os ônibus urbanos tiveram alta de 8,37% e foi o maior dentre todas as capitais pesquisadas. Os combustíveis também sofreram alta de 3,05%, tendo a gasolina registrada 3,13% e o etanol 3,22%.

Análise
Para Ricardo Coimbra, mestre em economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), um indicador que merece atenção é o fato de que a projeção da inflação para os próximos 12 meses ainda está elevada. “E isso pode gerar uma intervenção por parte do Banco Central”, ressalta Coimbra, lembrando sobre possível aumento da Selic no mês de março.

Dentro desse contexto, ele afirma que o importante é o governo ratificar algumas ações como a diminuição da taxa Selic e o estímulo à importação de bens visando o equilíbrio entre oferta e demanda. “Além disso, manter políticas fiscais para tentar conter o crescimento da demanda”, completa. Para abril, entretanto, a projeção de analista é de que a taxa fique m torno de 7,25%.

Os preços anunciados no cálculo do IPCA, foram coletados no período de 16 de janeiro a 14 de fevereiro e comparados aos vigentes entre 12 de dezembro e 15 de janeiro. Referente às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, o índice abrange, além de Fortaleza, as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Salvador, Curitiba além de Brasília e Goiânia. Com informações da Agência Brasil.

Daniel Silva

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