O programa Minha Casa, Minha Vida ainda "patina" na contratação de imóveis na faixa 1 - destinada a famílias com renda mensal de até R$ 1600 - na avaliação de Sergio Watanabe, presidente do Sinduscon-SP. "Com unidades a R$ 76 mil, não vai ter construtoras que queiram fazer a esse preço", afirmou, referindo-se a um teto de valores que considera inviável para construção em grandes centros como São Paulo, onde os custos são mais elevados.

Watanabe disse que os preços para essa faixa do programa continuam inviáveis mesmo após os reajustes realizados recentemente pelo governo federal e com o aporte adicional de R$ 20 mil oferecido pelo governo paulista. "Com R$ 96 mil, começa a ficar interessante, mas não estimulante", frisou.

De acordo com números mencionados pelo Sinduscon, a contratação de imóveis na faixa 1 durante a segunda fase do programa atingiu apenas 28% da meta no País, sendo que na cidade de São Paulo esse porcentual esta próximo de zero. "Se continuar assim, São Paulo não vai atingir sua meta (na faixa 1)", acrescentou.