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Comando Nacional dos Bancários rejeita proposta da Fenaban

Bancos mantém aumento de 6%. Sindicatos estaduais devem realizar assembleias no dia 12 para deflagrar a paralisação

18:58 | 05/09/2012
Em mais uma rodada de negociação entre os bancos e a categoria, os banqueiros mantiveram a proposta de 6% de reajuste apresentada na última reunião. De acordo com o presidente do sindicato dos bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, o valor proposto pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban) não atende às necessidades exigidas e que, com isso, os bancários decidiram entrar em greve no próximo dia 18. Antes disso, o Comando Nacional dos Bancários fará uma assembleia no dia 12. A expectativa , segundo Bezerra, é de que a Fenaban apresente nova proposta e reabra as negociações.

Segundo Ribamar Pacheco, diretor executivo do sindicato dos bancários do Ceará, a proposta mantida pelos bancos força o categoria a buscar na greve seus direitos. ‘’Setores da economia menos ativos que o sistema financeiro fazem acordos com aumento acima da inflação muito maiores do que o bancos estão sugerindo. Então por quê os salários dos bancários estão entre os menores?’’, questiona.

Os sindicalistas pedem reajuste de 10,25% e o piso salarial em R$ 2.416,38, além de Participação de Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, plano de cargos e salários, elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição, proteção contra demissões imotivadas, combate ao assédio moral, mais segurança em agência e fim de discriminações.

Aumento real

De acordo a Fenaban, ainda não existe a possibilidade de apresentação de uma nova proposta. A Federação diz que desde 2004, fecha acordos salariais com ganho de aumento real, ou seja, acima da inflação.

O Comando Nacional informou que uma carta será enviada à Federação manifestando disposição para diálogo, além de ofícios que serão encaminhados aos bancos públicos, cobrando apresentação de propostas para as reivindicações específicas, e aos bancos privados, para exigir negociações sobre garantias de emprego. Segundo Pacheco, o Comando quer deixar claro que está aberto a novas rodadas de negociação.

Roberta Figueredo

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