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INA registra quinto trimestre consecutivo de perdas

12:54 | 31/07/2012
O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria de transformação paulista registrou o quinto trimestre consecutivo de perdas ao acumular queda de 1,1% no último período de três meses encerrado em junho. No mês, na série com ajuste sazonal, o INA avançou 0,7% ante maio, o que para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Depecon/Fiesp), Paulo Francini, pode ser o início da recuperação tão aguardada para o segundo semestre. "Se esperamos alguma recuperação da atividade industrial, isso tem que começar em algum momento. O resultado de junho pode ser esse início", afirmou.

O INA no segundo trimestre de 2012 acumulou queda de 1,1%. Antes disso, o indicador vinha apresentando quedas trimestrais na comparação com o trimestre anterior, na série com ajuste, de 1,7% nos primeiros três meses deste ano, de 3% no quarto trimestre de 2011, de 0,6% no terceiro trimestre de 2011, e de 1% no segundo trimestre do ano passado. Até então, o INA havia apresentado cinco semestres consecutivos de alta, o último deles no primeiro trimestre de 2011, com avanço de 1,6%.

Os maus resultados da atividade industrial paulista estão levando a Fiesp a revisar suas previsões para o final de 2012. A projeção do Produto Interno Bruto (PIB), que a entidade deve divulgar oficialmente no mês que vem, deve ficar perto de 1,8%, com viés de baixa. O PIB industrial, de acordo com Francini, chegará próximo à queda de 1%, enquanto o INA deve terminar o ano em cerca de -2,0%. "Se o INA chegar no final do ano com queda de 2% será ótimo, porque até agora temos uma perda de 6,4% no acumulado do semestre", disse o diretor.

Francini acredita que haverá crescimento no segundo semestre, porém baixo. "Se vier uma recuperação, não parece que ela virá com grande vigor", afirmou. Ele disse não vislumbrar o que pode impulsionar um crescimento mais forte no segundo semestre - nem das exportações, que segundo ele estão baixas, nem do consumo, que está desacelerando, nem do investimento. "Será um ano de baixo crescimento."

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