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Anfavea espera para junho efeitos da redução do IPI

13:24 | 06/06/2012
O total de veículos licenciados em maio, o equivalente a 287,5 mil unidades, não reflete ainda as vendas feitas nos últimos feirões das montadoras com a nova alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), disse nesta quarta-feira o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini. Segundo ele, os efeitos das vendas realizadas nos feirões são esperados para junho.

Pesquisa feita pelas montadoras depois das promoções realizadas há duas semanas mostra que após os eventos o fluxo de pessoas nas lojas das concessionárias cresceu 70% em relações aos feirões feitos anteriormente. O número de feiras realizadas aumentou 120% sobre antes da medida e as fichas aprovadas dobraram.

"Mas ainda não há reflexos do IPI sobre as vendas de maio. O efeito deve aparecer no mês de junho", disse Belini. Ele explicou que, como o IPI foi reduzido no dia 21 de maio, nos dias 23 e 24 as concessionárias começaram a devolver as notas fiscais para as montadoras realizarem novo faturamento.

"Muitas montadoras ainda estão refaturando suas notas", disse o presidente da Anfavea. No dia 25 de maio, de acordo com Belini, é que começaram as vendas com o IPI reduzido. "Só a partir dos dias 26 e 27 do mês passado que os consumidores começaram a comprar", disse Belini.

Capacidade instalada - De acordo com Belini, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria automotiva encontra-se entre 70% e 75%. De acordo com ele, a indústria tem capacidade para produzir de 4,3 milhões a 4,5 milhões de unidades por ano. Para 2012, ele estima que o resultado fique na faixa de 3,6 milhões a 3,8 milhões unidades. "Mas já produzimos com 100% da nossa capacidade ocupada", afirmou o presidente da Anfavea.

Embora não faça projeções para o fechamento de 2012, ele se disse otimista com relação ao desempenho do setor a partir do segundo semestre, mesmo sem uma eventual prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Perguntado de onde vem este otimismo diante de previsões de que o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano poderá crescer abaixo dos 2,7% de 2011, o presidente da Anfavea explicou que, para cada um ponto porcentual de crescimento da economia, o setor automotivo cresce dois. "Se o PIB crescer 2%, nosso setor crescerá 4%", afirmou.

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