Anfavea espera para junho efeitos da redução do IPI
Pesquisa feita pelas montadoras depois das promoções realizadas há duas semanas mostra que após os eventos o fluxo de pessoas nas lojas das concessionárias cresceu 70% em relações aos feirões feitos anteriormente. O número de feiras realizadas aumentou 120% sobre antes da medida e as fichas aprovadas dobraram.
"Mas ainda não há reflexos do IPI sobre as vendas de maio. O efeito deve aparecer no mês de junho", disse Belini. Ele explicou que, como o IPI foi reduzido no dia 21 de maio, nos dias 23 e 24 as concessionárias começaram a devolver as notas fiscais para as montadoras realizarem novo faturamento.
"Muitas montadoras ainda estão refaturando suas notas", disse o presidente da Anfavea. No dia 25 de maio, de acordo com Belini, é que começaram as vendas com o IPI reduzido. "Só a partir dos dias 26 e 27 do mês passado que os consumidores começaram a comprar", disse Belini.
Capacidade instalada - De acordo com Belini, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria automotiva encontra-se entre 70% e 75%. De acordo com ele, a indústria tem capacidade para produzir de 4,3 milhões a 4,5 milhões de unidades por ano. Para 2012, ele estima que o resultado fique na faixa de 3,6 milhões a 3,8 milhões unidades. "Mas já produzimos com 100% da nossa capacidade ocupada", afirmou o presidente da Anfavea.
Embora não faça projeções para o fechamento de 2012, ele se disse otimista com relação ao desempenho do setor a partir do segundo semestre, mesmo sem uma eventual prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Perguntado de onde vem este otimismo diante de previsões de que o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano poderá crescer abaixo dos 2,7% de 2011, o presidente da Anfavea explicou que, para cada um ponto porcentual de crescimento da economia, o setor automotivo cresce dois. "Se o PIB crescer 2%, nosso setor crescerá 4%", afirmou.