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Operários da construção civil e Polícia entram em confronto na Aldeota

09:05 | 07/05/2012

Atualizada às 11h24min

Clima de tensão na manifestação dos trabalhadores da construção civil na manhã desta segunda-feira, 7, na Aldeota. Homens do Batalhão de Choque impediram a passagem dos operários no cruzamento das ruas deputado Moreira da Rocha com Silva Paulet. Operários lançaram pedras e os policiais reagiram com bombas de efeito moral.

Os homens do Batalhão de Choque tentavam evitar que os operários passassem pelas áreas próximas ao Palácio da Abolição. O conflito começou por volta de 9h10min e durou cerca de 15 minutos. Não há feridos, de acordo com informações preliminares.

De acordo o Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana (STICCRMF), os operários começaram o trajeto em uma obra na avenida Beira Mar e agora estão caminhando para realizar o protesto em outra obra localizada na Praça Portugal, no bairro Aldeota.

Em entrevista à rádio O POVO/CBN, o diretor do STICCRMF, José Ribamar Pereira, informou que a mobilização conseguiu paralisar seis obras na avenida Beira Mar nesta manhã. Ouça no link abaixo.

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Negociações

A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/CE) convocou os representantes dos operários e das construtoras para uma rodada de negociações.

A reunião deverá acontecer na tarde desta segunda-feira, 7, na sede da SRTE/CE a partir das 14h30. Segundo informações do Sticcrmf, os trabalhadores aprovaram em assembleia realizada na beira mar na quinta-feira (3/5) apreciar a proposta caso houvesse o retorno do sindicato patronal a mesa de negociação. "A paralisação total dos trabalhos que estava marcada para iniciar nesta segunda-feira, 7, foi adiada para a terça-feira, 8", destacou nota do Sindicato.

Os operários querem um reajuste de 17%, além de cesta básica de R$ 80 e plano de saúde. As construtoras oferecem reajuste de 6,5% e cesta básica de R$ 40.

Nota do Sinduscon-CE

Em nota de posicionamento, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE) lamentou o inicio da greve do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), que paralisou canteiros de obras, com registro de depredações em 10 canteiros.

Foi atendida a convocação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) para reunião na tarde desta segunda-feira, 7, mas reforçou que é contra as invasões de canteiros de obras e a flexibilização da pauta de reivindicações apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores, que está fora da realidade econômica brasileira, já que nenhuma categoria laboral recebeu reajuste médio de 18,5%. 

De acordo com o sindicato, até o momento, as empresas da construção civil propõem reajuste de 8,57% no piso e de 14% no auxilio alimentação, valores superiores ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve variação de 5,47% no período de março de 2011 a fevereiro de 2012. 

Sinduscon-CE informou que orientou aos empresários a pagarem o reajuste proposto como forma de adiantamento aos operários. “Importante destacar que os pisos negociados são os valores mínimos que o trabalhador recebe quando inicia na profissão. Na prática, operários com mais de três anos recebem valores até 50% superiores aos pisos de cada categoria”, disse a nota.

Redação O POVO Online, com informações do repórter Lucas Leite

 

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