Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino: entenda o apagamento da Questão Palestina

Apelo das Nações Unidas é feito, hoje, 29 de novembro, no Dia Mundial de Solidariedade com o Povo Palestino; entenda mais sobre a origem da data

Instituído pelas Nações Unidas, o Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino foi designado no dia 29 de novembro para lembrar da Resolução 181 – o plano de 1947 da ONU, sem consulta aos habitantes locais, para a partilha da Palestina.

Foi em 1977, dias após condenar a manutenção da ocupação militar de Israel nos territórios palestinos, que a ONU aprovou a resolução 32/40 B, criando o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, a ser comemorado todo 29 de novembro.

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A data foi instituída 30 anos depois da resolução de 1947. É nesse contexto que a celebração de tal solidariedade buscava reconhecer que, passado todo aquele tempo, os palestinos não só continuavam sem Estado como também acumulavam 10 anos sob ocupação militar de Israel.

Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino: por que a data é importante?

Neste ano, o dia ganhou uma nova dimensão em razão da guerra que assola a Faixa de Gaza desde 7 de outubro. O conflito entre Tel Aviv e o grupo terrorista Hamas já tirou a vida de pelo menos 15 mil palestinos, incluindo 6.150 crianças e mais de 4.000 mulheres, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza.

A resolução afirma que a data é necessária para dar “maior divulgação possível de informações sobre os direitos inalienáveis do povo palestino e sobre os esforços das Nações Unidas para promover a realização desses direitos”.

Estima-se que 750 mil palestinos precisaram deixar suas terras em consequência dos conflitos que se seguiram à criação de Israel, especialmente ao apagamento que a Questão Palestina sofreu.

O que é a Questão Palestina?

É o nome dado ao movimento histórico de retomada dos territórios palestinos no Oriente Médio e de reconhecimento formal de um Estado da Palestina por parte dos povos árabes. O movimento surgiu com a criação do Estado de Israel e com a emergência do movimento sionista, impulsionado pelo Ocidente por ser encarado como uma “compensação” ao holocausto do povo judeu.

Foi depois da resolução de 1947 que, desde então, os conflitos entre os árabes e os israelenses se tornaram cada vez mais recorrentes, e os palestinos ainda seguem em busca da criação de um território nacional independente.

Apesar das tentativas de resolução de conflitos territoriais e políticos, as disputas situadas entre o mar Mediterrâneo e o rio Jordão não começaram na década de 1940. Trata-se de uma problemática muito antiga, que remonta a períodos bíblicos.

Dia da Solidariedade ao Povo Palestino: atos pelo mundo marcam a celebração da data

Ativistas de diversas partes do mundo, incluindo as Américas, a Europa, a Ásia e a África, realizam atos pró-Palestina nesta quarta-feira, 29, na celebração do Dia Internacional da Solidariedade ao Povo Palestino.

Ainda hoje, as Nações Unidas pediram que a comunidade internacional avance em direção a uma solução de dois Estados para o conflito palestino-israelense, dizendo que Jerusalém deve servir como capital de ambos os Estados.

"Já passou da hora de avançarmos de forma determinada e irreversível em direção a uma solução de dois Estados, com base nas resoluções das Nações Unidas e no direito internacional", disse Tatiana Valovaya, diretora-geral do escritório da ONU em Genebra, em um discurso de autoria do secretário-geral da organização, António Guterres.

Ela acrescentou que isso significaria "Israel e Palestina vivendo lado a lado em paz e segurança, com Jerusalém como a capital de ambos os Estados".

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