Dia da Mulher Negra: conheça cinco mulheres que marcaram o Brasil

Com a celebração do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, conheça cinco figuras de destaque que fizeram história no País

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, foi implementado após encontro em Santo Domingo, República Dominicana. A data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), busca a conscientização sobre o papel da mulher negra na sociedade.

No Brasil, o dia ainda representa a líder do Quilombo Quariterê, Tereza de Benguela. A mulher foi responsável pela resistência contra a escravidão no País durante o século XVIII e já foi homenageda pela escola de samba “Unidos do Viradouro” em 1994.

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Conheça outras cinco mulheres que influenciaram o Brasil por meio da política, da literatura e da luta pelos Direitos Humanos.

Marielle Franco

A vereadora brasileira Marielle Franco começou o seu trabalho de ativismo após lidar com a morte de uma amiga, vítima de bala perdida num tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

Como parlamentar, presidiu a Comissão da Mulher da Câmara e desenvolveu propostas relacionadas aos direitos das mulheres, da comunidade LGBTQI+ e dos moradores de comunidades.

Em 2018, o assassinato de Marielle e Anderson Gomes, que acompanhava a vereadora como seu motorista, teve repercussões internacionais. Quase cinco anos depois, novas investigações foram determinadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).

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Maria Firmina dos Reis

A obra “Úrsula” (1859), de Maria Firmina dos Reis, alçou a escritora ao patamar de primeira romancista brasileira. A história segue um amor proibido, mas revela temáticas abolicionistas em sua composição.

Apesar de destacar no prólogo que sabia pouco valer seu romance, “porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem o trato e conversação dos homens ilustrados”, Maria Firmina ofereceu ao leitor um conteúdo de denúncia ao contexto social de seu País.

Dandara dos Palmares

Como estrategista, Dandara e o seu companheiro, Zumbi, foram líderes influentes em prol da resistência no Quilombo dos Palmares. Na era do Brasil colonial, o espaço na Serra da Barriga acolhia pessoas escravizadas que fugiam de engenhos.

Mesmo que pouco seja conhecido sobre sua vida, como a sua aparência, a mulher dominava técnicas de capoeira. Em relatos, acredita-se que foi capturada por portugueses e preferiu cometer suicídio a voltar para a escravidão.

Lélia Gonzalez

A ativista e intelectual negra Lélia Gonzalez foi uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado contra Discriminação e o Racismo (MNUCDR), em 1978, ainda na Ditadura Militar. Atualmente a organização é chamada de Movimento Negro Unificado (MNU).

A professora, com doutorado em Antropologia Política, foi pioneira no estudo de Cultura Negra e iniciou um curso na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV). Segundo o portal da Fundação Cultural Palmares, Lélia “propunha uma análise da contribuição africana na formação histórica e cultural brasileira”.

Esperança Garcia

Em 1770, Esperança Garcia escreveu uma carta endereçada ao governador da capitania do Piauí, denunciando as violências sofridas na fazenda de Algodões, em Oeiras, no Sul do estado.

O documento, encontrado séculos depois no arquivo público, ficou conhecido como Carta da Esperança e foi considerado como o “primeiro habeas corpus do Brasil”.

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