Nova York aprova compostagem humana; conheça o processo

A governadora Kathy Hochul sancionou a prática no sábado, 31, considerada uma alternativa ao enterro tradicional ou à cremação

O processo de redução orgânica natural, popularmente conhecido por compostagem humana, foi aprovado em Nova York, Estados Unidos, no sábado, 31, pela governadora Kathy Hochul.

A compostagem é realizada em um compartimento fechado ao lado de material vegetal (lascas de madeira, palha, etc.), criando o espaço para que os micróbios auxiliem na decomposição do corpo após a morte.

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A alternativa resulta, segundo o portal da CBS News, no “equivalente a cerca de 36 sacos de solo, que podem ser usados para plantar árvores ou enriquecer terras de conservação, florestas ou jardins”.

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O estado de Nova York é o sexto a legalizar a compostagem no território dos Estados Unidos. De acordo com a CBS News, o primeiro lugar fica para Washington, em 2019, ao lado de Colorado e Oregon em 2021 e Vermont e Califórnia em 2022.

A decisão relativa à compostagem não foi bem recebida por todas as partes e a Conferência Católica do Estado de Nova York criticou o projeto de lei.

“Os bispos do estado de Nova York se opõem a esse projeto de lei porque a compostagem é um processo normalmente usado para resíduos domésticos ou agrícolas e não oferece o respeito devido aos restos mortais”, declarou a Conferência ao jornal Catholic Courier.

A fundadora da organização “The Order of the Good Death”, Caitlin Doughty, comemorou a legalização em seu perfil no Instagram. Pelo jornal The New York Times, a agente funerária e escritora foi convidada a expor a sua opinião sobre a compostagem humana.

Em seu canal no Youtube, chamado “Ask a Mortician”, Doughty visitou uma instalação de compostagem humana.

Veja o vídeo direto no YouTube

Compostagem humana: Uma alternativa verde?

A presença da compostagem humana, ou redução orgânica natural, no estado de Nova York, apresenta uma opção “verde” diante da cremação e dos enterros tradicionais.

O processo de cremação, por exemplo, apesar de menos prejudicial do que a opção tradicional, “requer muito combustível e resulta em milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano”, de acordo com a revista National Geographic.

O enterro tradicional, enraizado em diversos costumes religiosos, também possui um potencial danoso ao meio ambiente.

Os produtos químicos tóxicos no processo podem se espalhar no ar e no solo, expondo os funerários a riscos em potencial. Além disso, a manutenção dos espaços nos cemitérios depende do uso constante da terra e da água, como indica o portal Insider.

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